Resultados de pesquisa do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) e da UFMG podem gerar novos materiais para a indústria aeroespacial

Avaliação positiva dos resultados dos estudos, que devem ser encerrados no final de 2006, foi feita nesta terça-feira em reunião na sede do Centro, na Pampulha, com membros da Agência Espacial Brasileira (AEB), Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), CDTN e UFMG.

O projeto, desenvolvido há dois anos, com financiamento da AEB, visa pesquisar as propriedades dos nanotubos de carbono para uso na estrutura dos veículos espaciais.

Os nanotubos, material cerca de cem mil vezes mais fino do que um fio de cabelo, têm propriedades mecânicas, térmicas e elétricas capazes de aumentar, significativamente, o desempenho desses materiais nas áreas citadas.

Segundo Luis Eduardo Loures, do CTA e convidado pela AEB para acompanhar o projeto, "as pesquisas estão além do esperado, pois conseguem acompanhar o que está sendo feito de mais avançado no mundo".

Loures explicou que a nanotecnologia é considerada uma área estratégica para a indústria aeroespacial e que deverá ser mantida a parceria entre AEB e Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), à qual o CDTN é vinculado.

Clascídia Furtado e Adelina Pinheiro Santos, pesquisadoras do CDTN, e Luiz Orlando Ladeira, professor da UFMG, presentes à reunião, apresentarão os resultados do estudo em workshop sobre nanotecnologia dedicado à área espacial, a realizar-se em outubro, na sede do CTA, em São José dos Campos, SP.