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Célula-tronco adere a coração de chagásico

Em um prazo de até um ano será possível, de acordo com ele, comprovar se houve a regeneração do músculo cardíaco afetado dos dois pacientes

Médicos do IMC (Instituto de Moléstias Cardiovasculares) de São José do Rio Preto (SP) dizem ter comprovado que células-tronco injetadas em pacientes com cardiomiopatia dilatada crônica aderiram à área lesada.

Até então, segundo o coordenador do departamento científico do IMC, Oswaldo Greco, não havia registros na medicina de casos que comprovassem o fato em portadores de doença de Chagas.

A doença, que segundo o Ministério da Saúde afeta até 5 milhões de brasileiros, faz o coração perder a capacidade de pulsar. "Havia dúvidas se estávamos injetando as células-tronco, se elas estavam chegando ao lugar programado e se permaneciam lá. Isso nós conseguimos mostrar", disse Greco.

O monitoramento revelou que em torno de 70% das células-tronco da própria pessoa injetadas em dois pacientes com doenças de Chagas aderiram ao músculo cardíaco até seis horas após a infusão.

Para monitorar a chegada das células-tronco ao local do coração afetado, os médicos utilizaram um composto radioativo.

"O mapeamento mostrou que elas chegaram exatamente ao local programado, onde havia dano do músculo cardíaco e onde gostaríamos que elas chegassem para ocorrer a recuperação", afirmou.

Em um prazo de até um ano será possível, de acordo com ele, comprovar se houve a regeneração do músculo cardíaco afetado dos dois pacientes.


Data: 01/09/2006