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Docentes definem greve

O corpo docente da Universidade decidiu, numa assembléia em que também houve a participação dos alunos, deflagrar a paralisação no dia 24 de outubro, por tempo indeterminado

Deflagrar uma greve por tempo indeterminado no dia 24 de outubro, foi o que decidiram os professores da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, na assembléia realizada no Centro de Extensão José Farias da Nóbrega, na manhã de ontem, quando participaram também os alunos e representantes da sessão sindical do Campus de Cajazeiras. Entretanto, antes, em data ainda indefinida será realizada uma assembléia de avaliação.

Para os professores, radicalizar é a forma mais viável para pressionar o Governo Federal a continuar o diálogo. Conforme foi repassado, ontem, durante a assembléia, o Comando Nacional de Greve - CNG, da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior - ANDES, entende que há necessidade de fortalecimento do movimento também com outros setores da Educação Federal, devendo haver a unidade, e considera que a realização de atos públicos, com denúncias da posição do Governo Lula em relação a política educacional, constitui-se em atividade de fundamental importância, para forçar a abertura de negociações em torno da pauta de reivindicações.

Um total de 22 sessões sindicais estão em greve e o sentido desta, foi observado de perto pela delegada da ADUFCG, e observadora Marinalva Lima, durante o período de 10 dias em que esteve em Brasília acompanhando as negociações, e observado ainda a baixa auto-estima dos docentes, provocada pelo descaso do Governo. Ela entende que os docentes precisam ter a consciência de que não adianta esperar a negociação de gabinete sem pressionar.

Depois das discussões e avaliações do quadro atual, os professores foram até a agência do Banco do Brasil, instalada no Campus de Bodocongó para devolver o percentual de 0,01% concedido pelo Governo. O valor correspondente foi depositado na conta única da União e vários porquinhos de cerâmica, iguais aos usados para guardar moedas, foram quebrados num ato de protesto.
Os docentes querem 18% de reajuste emergencial, como antecipação das perdas salariais de 1995 até 2005; Calendário de Recomposição das perdas salariais dos Servidores das IFEs, a partir da inflação acumulada desde 1995 que, segundo o DIEESE, já ultrapassa os 155%; Data-Base para 1º de maio; Reposição anual do índice da inflação calculado pelo ICV/DIEESE; Paridade entre Ativos e Aposentados; Retomada dos anuênios.

Além disso, Concurso Público para Novos Docentes e Técnicos-Administrativos em Educação para reposição de todas as vagas nas das IFEs; Equiparação da remuneração dos Professores Substitutos com a dos Professores Efetivos, garantindo, inclusive, os mesmos direitos trabalhistas. Ainda a Incorporação da GEAD - Gratificação Específica da Atividade Docente e da GED - Gratificação de Estímulo à Docência, pelo maior valor da titulação, após uma equiparação de valores por titulação entre as duas gratificações, com paridade, entre outros.


Data: 15/09/2005