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Modelo matemático proposto por brasileiro é premiado

Artigo que sugere novo modelo teórico para análise de algoritmos utilizados em redes de sensores sem fio, escrito por pesquisador do IME/USP, ganha prêmio no WiMob 2006, conferência realizada no Canadá

Deu zebra na 2ª Conferência Internacional em Computação Sem Fio e Móvel, Redes e Comunicações (WiMob 2006), em Montreal, no Canadá. Um brasileiro levou o prêmio de melhor artigo científico apresentado no congresso, realizado em junho pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE).

O ganhador foi Julian Geraldes Monteiro, mestrando do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. "Um trabalho brasileiro ter esse reconhecimento em um encontro como esses é incomum, ainda mais por ele ser aluno de mestrado", disse Alfredo Goldman, professor do Departamento de Ciência da Computação do IME e orientador do estudo, à "Agência Fapesp".

O trabalho Performance evaluation of dynamic networks using an evolving graph combinatorial model apresenta resultados preliminares do projeto Mobidyn, desenvolvido com apoio da Fapesp e do Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação (Inria), da França.

O projeto analisa modelos combinatórios de grafos (conjunto algébricos formados por arcos e vértices) evolutivos aplicáveis em protocolos de roteamento para redes ad hoc, sistemas como os de sensores sem fio, em que todos os nós móveis podem se comunicar diretamente entre eles.

"O artigo sugere um uso prático desse modelo teórico e genérico de grafos evolutivos, que pode ser aplicado em qualquer área do conhecimento que envolva adjacência [proximidade dos vértices dos grafos] e tempo", explica Goldman.

Os resultados iniciais obtidos pela equipe do projeto Mobidyn mostram que os grafos evolutivos são uma importante ferramenta na análise de algoritmos de redes de sensores sem fio.

"Normalmente, não se sabe a eficácia de um algoritmo. Mas, com o auxílio dos grafos evolutivos, que estão associados à previsibilidade no tempo, conseguimos identificar as chances de um algoritmo ser bom ou ruim", disse Goldman. "Essa teoria pode ser aplicada na prática em qualquer tipo de rede de sensores que tenha comportamento previsível, como as redes de satélites ou a de sensores de umidade da Amazônia."

Mais informações:
http://www.congresbcu.com/wimob2006 e julian.com.br/mobidyn


Data: 28/08/2006