O CCT (Centro de Ciência e Tecnologia) da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) pretende implantar nos próximos dois anos três outros cursos: Engenharia de Telecomunicações, Engenharia de Automação e Controle e Engenharia Agroindustrial. Embora as discussões não tenham sido iniciadas formalmente, há planos de criação destes novos cursos, informou o diretor do CCT, Benedito Aguiar, durante a realização do 33º Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia. O evento, que tem como tema "Promovendo e valorizando a engenharia e um cenário de constantes mudanças", está sendo realizado pela quarta vez na região Nordeste e pela primeira vez em Campina Grande, no Centro de Convenções Raymundo Asfora. A programação prossegue até a próxima quinta-feira.

A escolha da cidade para sediar o evento, na opinião de Benedito Aguiar, atesta o reconhecimento da comunidade do potencial e engajamento da UFCG na área de Engenharia, além do bom conceito que os nove cursos do CCT têm recebido, tanto nas graduações quanto nas pós-graduações. "O CCT tem participado de projetos e programas nacionais", acrescentou o diretor Benedito Aguiar. Dentre os objetivos do congresso, que está reunindo cerca de 600 professores, estudantes e pesquisadores, estão discutir a educação da Engenharia na perspectiva didático-pedagógica, políticas públicas para o setor e uma interação com a sociedade, em especial com os setores industriais e de serviço.

Ontem, em uma das mesas-redondas, foram discutidas as atribuições profissionais frente à flexibilização da formação em engenharia. Entre elas, de acordo com as novas diretrizes, as possibilidades de diversificação da formação do profissional que, com o surgimento de novas modalidades, passa a ter uma maior interdisciplinaridade. Por exemplo, a Engenharia de Automação e Controle agrega as atribuições das Engenharias Elétrica e Mecânica com as Ciências da Computação.

Na programação de hoje pela manhã, o ensino de Engenharia nos Estados Unidos e Europa será discutido em uma conferência e uma mesa-redonda vai debater a reforma universitária e as repercussões na educação em Engenharia. À tarde, acontecem as sessões técnicas temáticas e sessão técnica de pôsteres, além da assembléia da Abenge (Associação Brasileira de Ensino de Engenharia) e relatórios dos grupos de trabalho.