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Lula abre maior evento de saúde pública da América Latina

Tema: "Saúde coletiva em um mundo globalizado: rompendo barreiras sociais, econômicas e políticas"

Mais de dez mil especialistas participam no Riocentro a partir desta segunda-feira das discussões sobre os avanços e caminhos dos sistemas de saúde pública no 11º Congresso Mundial de Saúde Pública e no 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva.

A abertura oficial será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, ao longo de cinco dias, serão realizadas conferências com ministros da Saúde de nove países e autoridades dos principais organismos internacionais de saúde.

O evento, trazido pelo Brasil pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) e a World Federation of Public Health Associations (WFPHA), inclui a apresentação de mais de nove mil trabalhos científicos, entre os quais pesquisas científicas e novidades sobre questões fundamentais como prevenção e novidades nas áreas de AIDS, DSTs e outras epidemias - com destaque para a gripe aviária - violência e exclusão social; a gravidez precoce e desnutrição, obesidade e atividades físicas e seus desdobramentos no Sistema Público de Saúde, o impacto dos agrotóxicos na saúde pública e população prisional e saúde pública são alguns dos destaques do evento.

A realidade brasileira

Sabe-se que os recursos públicos para a saúde destinados anualmente para cada brasileiro são um dos mais baixos do mundo - mesmo no terceiro mundo.

Enquanto na Argentina são destinados US$ 362,00 e no Uruguai US$ 304,00, no Brasil são US$ 140,00 per capita, cerca de 10% do que é gasto por ano por cidadão na Europa, Canadá e Japão em saúde pública. Mas, paradoxalmente, o Brasil é um pólo de pesquisas de ponta, além de palco de políticas públicas exemplares - como no caso da distribuição gratuita de anti-retrovirais para o tratamento da Aids e da expansão da assistência básica em saúde através do SUS.

Segundo Paulo Gadelha, presidente da Abrasco, a grande luta por um sistema de saúde pública de qualidade no Brasil depende, além de recursos adicionais (aumento de US$ 160,00 per capita proposto pela Lei Complementar 01/03, que regulamenta a Emenda Constitucional 29), do investimento em pesquisas, da troca de experiências e do comprometimento de todos os setores envolvidos com a saúde.

"A presença de tantas autoridades e pesquisadores possibilitará uma união de esforços no diagnóstico e na busca de soluções para os problemas locais e mundiais de saúde pública".

A programação completa do evento pode ser consultado pelo site: http://www.saudecoletiva2006.com.br


Data: 21/08/2006