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Aqüicultura: SC terá Centro de Diagnóstico e Estudos de Patologias de Organismos Aquáticos

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) será referência na pesquisa de enfermidades que atingem animais aquáticos cultivados

O Departamento de Aqüicultura do Centro de Ciências Agrárias da Universidade será sede do Centro de Diagnóstico e Estudos de Patologias de Organismos Aquáticos, instituição destinada à pesquisa e controle de doenças como o vírus da mancha branca, mal que dizimou as criações de camarão do Estado em 2004 e que continua causando prejuízos aos produtores.

O primeiro passo para a concretização do Centro acontece nesta quinta-feira, quando o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República, Altemir Gregolin, assina o ato de transferência de recursos à UFSC para a implementação do Laboratório de Biologia Molecular, primeira etapa do Centro de Diagnóstico.

A SEAP destinou R$ 543 mil ao projeto, que serão usados na reforma do prédio que vai sediar os laboratórios e na aquisição de equipamentos e materiais.

O projeto também deverá receber recursos da Finep, Fapesc (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina), Ministério da Agricultura e governo estadual, num total de cerca de R$ 3 milhões em investimentos.

A estrutura vai dar suporte ao trabalho de outras áreas de pesquisa, atendendo a mais de 50 pesquisadores da UFSC, da Epagri e de instituições de outros estados.

A SEAP apoiou a implementação do Centro de Diagnóstico em função da necessidade do país estruturar e capacitar a área de sanidade dos organismos aquáticos.

A aqüicultura tem tido um crescimento impressionante no Brasil, que chega a taxas de 20% ao ano. Mas para crescer com sustentabilidade ambiental e competitividade, é preciso desenvolver o setor de controle sanitário do pescado produzido.

O Centro de Diagnóstico da UFSC, além de ser referência nacional na área de pesquisas para controle de doenças, vai atuar também na formação e capacitação de profissionais e no apoio ao setor produtivo.

Em outra etapa, a instituição atuará também na certificação de produtos aqüícolas como a ostra catarinense, que tem ótima aceitação regional, mas precisa de certificação sanitária para conquistar novos mercados.

O Centro é destinado à pesquisa de diversas enfermidades, mas a questão emergencial, que a ser estudada primeiro é a doença da mancha branca do camarão.


Data: 17/08/2006