Junto com o Rio, outras seis ou sete capitais do país também passarão a dispor de programação digital

A TV digital somente deverá chegar ao público do Rio de Janeiro de seis a 12 meses após a sua implantação em São Paulo. Os paulistas serão os primeiros a contar com o novo serviço.

Junto com o Rio, outras seis ou sete capitais do país também passarão a dispor de programação digital. Entre os critérios definidos pelo Ministério das Comunicações para determinar o início das transmissões digitais estão o número de habitantes das cidades e o fato de elas contarem com geradoras de TV.

Os mais otimistas acreditam que o sistema estará funcionando em São Paulo em janeiro do próximo ano, mas o prazo máximo que as emissoras paulistas têm para começar a implantação é o fim de 2007 ou início de 2008.

O cronograma deverá ser publicado no fim do mês pelo Ministério das Comunicações. Porém, a data da entrada em operação dependerá dos investimentos das emissoras e dos fabricantes de equipamentos.

Ministério da Fazenda estuda conceder incentivos fiscais

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que o Ministério da Fazenda está preparando um pacote com incentivos fiscais para a TV digital. A idéia, segundo ele, é conceder durante algum tempo benefício na compra de equipamentos sem similar no Brasil.

Ele citou como exemplo a necessidade de importação de transmissores de alta potência. Segundo Costa, a japonesa NEC já demonstrou interesse em instalar uma fábrica destes equipamentos em associação com grupos brasileiros.

Até agora o ministro Guido Mantega (da Fazenda) não nos deu uma decisão definitiva do que vai ser feito, mas já nos indicou que alguma coisa vai ser feita, disse Hélio Costa.

O governo criou a Câmara Executiva do Comitê de Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre para tentar acelerar a implantação do serviço.

A Câmara vai funcionar durante quatro meses como um órgão de assessoramento ao governo até a criação do Fórum permanente da TV digital, que vai reunir todos os setores interessados.

Da Câmara do setor industrial de transmissão fazem parte Carlos Alberto Fructuoso e Jackson Alexandre Sosa; do setor industrial, Moris Arditti e Roberto Mello Barbieri; de software, Laércio José de Lucena Cosentino; da radiodifusão, Amilcare Dallevo Júnior (Rede TV), Fernando Bittencourt Filho (Rede Globo), José Marcelo do Amaral (Record), Roberto Franco (SBT); e pesquisadores Sergio Bampi e Luiz Fernando Gomes Soares.