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Estudo revela disfarce do parasita da malária

Cientistas desvendaram mais uma etapa do ciclo de vida do parasita da malária

Cientistas desvendaram mais uma etapa do ciclo de vida do parasita da malária. Segundo um estudo publicado na revista Science, o plasmódio não passa diretamente das células do fígado para o sangue.

Em vez disso, ele entra na corrente sanguínea escondido dentro de um invólucro de membrana hepática, que o protege do sistema imunológico até que possa chegar ao seu objetivo final: os glóbulos vermelhos do sangue.

"Antes pensava-se que o parasita arrebentava o hepatócito (célula do fígado) e caía direto na circulação", explica Mauricio Rodrigues, do Centro Interdisciplinar de Terapia Gênica da Universidade Federal de SP (Unifesp).

O estudo aponta novos alvos moleculares para tentar brecar o desenvolvimento do plasmódio. A malária causa mais de 1 milhão de mortes por ano no mundo (principalmente na África), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O trabalho é assinado por cientistas da Alemanha, França e Brasil - representado por Rogerio Amino, do Departamento de Bioquímica da Unifesp, que concluiu pós-doutorado no Instituto Pasteur, em Paris.

Os resultados foram obtidos em experimentos com camundongos e o parasita Plasmodium berghei, que infecta roedores.

A expectativa, porém, é que os processos sejam bastante semelhantes ao que ocorre com o P. falciparum ou o P. vivax no organismo humano.


Data: 04/08/2006