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Simpósio de Fisiologia discute na USP, dia 11, redução da carga horária nas disciplinas básicas da área biomédica

Rui Curi, do ICB-USP, manifesta preocupação e procura como sensibilizar o MEC

O Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da USP realiza no próximo dia 11, a partir das 8h45, o simpósio "Retrospectiva e Perspectivas da Fisiologia", no auditório Rosa do ICB. O evento comemora o 193º aniversário de Claude Bernard.

O ponto crítico do evento será o questionamento à redução da carga horária mínima necessária dos cursos profissionalizantes, destaca Rui Curi, chefe do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, onde é professor titular.

Segundo Rui Curi, as faculdades públicas, mas de modo especial as particulares, estão reduzindo a carga horária das disciplinas básicas. "Cursos da área biomédica estão agora com cargas horárias cada vez menores nas disciplinas como Fisiologia", afirmou.

"Consideramos isto muito sério, pois compromete a formação dos profissionais da saúde. É extremamente preocupante ser atendido por um profissional da saúde que não sabe como o organismo funciona normalmente", disse Rui Curi.

O simpósio discutirá o ensino em Fisiologia, ao procurar sensibilizar o MEC diante da redução da carga horária na disciplina. A discussão terá a participação de pesquisadores/professores de Instituições Públicas e Privadas e do presidente da Sociedade Brasileira de Fisiologia, Walter Araujo Zin (UFRJ).

Conforme Rui Curi, o simpósio visa reunir os fisiologistas do Estado de São Paulo e alguns do país para discutir sobre esta ciência básica. "Os tópicos envolvem uma abordagem sobre a origem histórica da Fisiologia, financiamento para pesquisa na área, projetos de pesquisa no tema e também uma discussão sobre o ensino em Fisiologia, em que há um ponto crítico", assinala.

Rui Curi fará a abertura. Em seguida, às 9h, Ubiratan Fabres Machado (ICB/USP) fala sobre Os conceitos sistêmicos de Claude Bernard, e Maria Marques (UFRGS), às 9h30, discorre sobre A influência de Bernardo Houssay na História da Fisiologia, o argentino que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1947.

Às 10h30, Mayana Zatz, pró-reitora de Pesquisa da USP, discute o tema Apoio, Avaliação e financiamento de projetos de pesquisa em Fisiologia, numa mesa-redonda com representantes da Fapesp e CNPq, tendo como moderador Luiz Roberto G. de Brito, diretor do ICB/USP.

À tarde, a partir das 14h, haverá mesa-redonda sobre o tema Perspectivas da pesquisa em Fisiologia. Às 16h, será realizada a mesa-redonda Avaliação do Ensino de Fisiologia nas Instituições Públicas e Privadas, com Manassés Claudino Fonteles (Mackenzie) e José Martins Filho (Unicsul), Maurício da Rocha e Silva (Faculdade de Medicina da USP) e José Antunea Rodrigues (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP).

Ás 17h30, o presidente da SBFis, Valter Araújo Zin, aborda o tema Perspectiva da Fisiologia - Ensino e Pesquisa, seguido pelo encerramento, com Rui Curi, às 18h.

A atividade de pesquisa no Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, que possui 24 docentes, 12 pós-doutorandos e 28 funcionários, é desenvolvida em 24 Laboratórios que trabalham em Fisiologia de Sistemas, Celular e Molecular e Biofísica.

Todos os Laboratórios têm projetos aprovados e financiados pela Fapesp, CNPq, Finep, Pronex/MCT e outras instituições. Além da pesquisa, o departamento é responsável pelo ensino de pelo menos 1.500 alunos de graduação e 100 de pós-graduação e também desenvolve atividades voltadas à comunidade.

Inscrições no site: http://www.fesbe.org.br/simposioretrospectiva/


Data: 02/08/2006