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Leitor comenta matéria "Intelectuais assinam o manifesto pró-cotas"

"Os intelectuais que assinaram o manifesto pró-cotas não o leram, caso assim fosse perderiam a condição de intelectuais"

Mensagem de Antonio Brito - Doutor em Física pela USP em 1984, empresário

 

"Depois de uma detalhada descrição da história dos movimentos tutelares dos negros, onde mais demonstram divisões internas do que unidade, passam a negar a história com afirmações sem base na antropologia.

Alegam que os imigrantes brancos receberam benefícios que foi negado aos negros. Quem conhece a história sabe que tais benefícios não passaram de uma promessa não cumprida dos embaixadores do Império.

Ao chegarem no Brasil descobriram que só lhes restavam comer polenta e trabalhar duro no eito em condições de moradia muito pior daquela que deixaram na Europa.

Como se pode comparar a África do Sul com o Brasil no que tange a participação dos negros nas academias?

Não é possível comparar um país africano, com um horrível sistema de apartheid, e o Brasil um pais americano colonizado por brancos e escravos com enorme concentração de renda.

O sistema de cotas propõe facilitar o acesso a aproximadamente 20 mil jovens negros e pardos, que se declarerem como tais ou passarem por um exame fotográfico, numa população quase 80 milhões.

A grande maioria de negros, pardos e brancos sem condições financeiras para chegar ao limiar da Universidade continuarão de fora de qualquer assistência, limitando-se a um medíocre ensino fundamental, ensino este que deveria ser a mola para um sistema socialmente justo, capaz de oferecer os meios de aquisição do conhecimento e da cultura a todos os brasileiros independente da tonalidade de cor da pele.

O sistema de cotas e do Estatuto além de negar a inclusão universal de todos a um sistema educacional exigido pelas condições de ciência e tecnologia do mundo moderno, trata os brasileiros como se fossem uma confederação de raças e não cidadãos de uma república de iguais.


Data: 05/07/2006