Pernambuco: banco de genes é arma contra praga da mandioca Agricultores vão ajudar a identificar espécies que melhor se adaptam ao clima e ao solo Trabalhadores rurais de cinco municípios do Sertão pernambucano vão integrar um projeto para aumentar a resistência da mandioca a pragas. Financiada pela Secretaria Estadual de Produção Rural e Reforma Agrária, a iniciativa pretende criar um banco de material genético do produto, que vai identificar as variedades de espécies da planta que melhor se adaptam ao clima e ao solo da região. Participarão 200 famílias de Ouricuri, Trindade, Exu, Moreilândia e Santa Cruz. A expectativa é que o banco de germoplasma - como é chamado - seja concluído em dois meses e consiga ajudar a aumentar a produção de mandioca nesses municípios. O projeto custará R$ 50 mil. Os bancos são unidades conservadoras de material genético de uso imediato ou futuro. São classificados em bancos de base ou bancos ativos. Os primeiros conservam o germoplasma por longo prazo em câmaras frias (conservação de 1ºC até 20ºC), in vitro ou em conservação em nitrogênio líquido a -196ºC. Os bancos ativos estão mais próximos do pesquisador e do produtor. Neste caso, há intercâmbio do gene com a produção, reduzindo a conservação do material apenas a curto e médio prazos. Segundo o secretário de Produção Rural e Reforma Agrária, Ricardo Rodrigues, a produção inicial será de 45 mil mudas de mandioca por ano. "Nossa intenção é que num prazo máximo de seis anos haja um aumento de até 40% por hectare na produção." Além do crescimento da produção, Ricardo Rodrigues destaca outra importância do projeto. "Com a implantação do banco será possível preservar o material genético existente no Estado", concluiu. Data: 04/07/2006 |