Caixas eletrônicos que lêem rostos, terminais que permitem saques com leitura da palma da mão e um caixa móvel, que vai até o cliente na fila do banco, são algumas das novidades criadas pelos bancos para prevenir fraudes e apressar os serviços.

Os produtos foram apresentados no principal congresso de tecnologia dos bancos, o Ciab, realizado no mês passado em SP.

Entre as novidades que devem chegar ao mercado em breve está um caixa eletrônico que permite todo tipo de operação com a leitura da palma da mão, a chamada biometria.

O caixa foi desenvolvido a pedido do Bradesco e usa tecnologia criada pela Fujitsu. O cliente já pode utilizar a máquina em dois locais, na agência matriz, na Cidade de Deus em Osasco, e em uma unidade de Alphaville, na Grande SP.

Além da senha do cartão, uma leitora captura o padrão vascular da palma da mão, que é único em cada indivíduo e não pode ser falsificado.

Já o Itaú aposta na leitura do rosto. A Itautec, empresa de tecnologia do grupo, apresentou um caixa eletrônico com microcâmera que analisa as características do rosto de uma pessoa e de sua estrutura óssea em três dimensões.

A leitura facial funciona como instrumento a mais de segurança, pois o cliente também precisa digitar a senha numérica. A Itautec espera negociar o produto no primeiro semestre de 2007.

O "Papa-Fila", desenvolvido pela PanData, foi idealizado para apressar os serviços.

Trata-se de um pequeno terminal móvel, sem fio, para operações com cartões de crédito e débito. Faz leitura de código de barras e de cheques.

Permite ao cliente pagar contas e fazer depósitos ainda na fila. Apresentado no estande da Microsoft, foi um dos que mais atraiu o interesse dos visitantes.

Os bancos prometem gastar R$ 20 bilhões este ano com tecnologia, 11% a mais que em 2005. Deste total, R$ 5,3 bilhões em novas tecnologias.

O combate a fraudes detém 10% dos gastos. Segundo a Febraban, fraudes provocaram R$ 300 milhões em perdas aos bancos em 2005.