topo_cabecalho
Encontro em Salvador discute o futuro da Universidade

O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa nesta segunda-feira, em Salvador, do simpósio O Futuro da Universidade na Sociedade do Conhecimento, que comemora os 60 anos de criação da Universidade Federal da Bahia.

Haddad também empossa o professor Paulo Gabriel Nacif, que assume a função de reitor pro-tempore para estruturar a Universidade Federal do Recôncavo Baiano, em Cruz das Almas.

O simpósio leva a Salvador os reitores das universidades Tor Vergata, de Roma (Itália), Alessandro Finazzi-Agró, e de Coimbra (Portugal),Fernando Seabra Santos, instituições que inspiraram a criação da Ufba em 1946.

Santos falará sobre Perspectivas dos Intercâmbios Internacionais Universitários sob o Processo de Bolonha e Finazzi-Agró faz conferência sobre Universidades Européias: um Milênio de Influência.

Professores, reitores, alunos e convidados também ouvirão o presidente da Universidade de Mumbay (Índia), Vijay Khole; a professora Nancy Scheper-Hughes, da Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA); e o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Paulo Speller.

O reitor da Ufba, Naomar de Almeida Filho, diz que a principal conquista da instituição nestes 60 anos de atividade é a retomada do crescimento, após 17 anos de estagnação. De 1986 a 2003, diz o reitor, a universidade manteve 18 mil alunos na graduação. Com o projeto Expandir, esse número subiu para 23 mil.

Em 2005, a instituição ampliou suas atividades com a abertura de campi em Vitória da Conquista e em Barreiras. A Ufba oferece 57 cursos de graduação em ciências físicas, matemática e tecnologia, com 16 cursos; ciências biológicas e profissões da saúde, com 11; filosofia e ciências humanas, com 16; letras, com dois; e artes, com 12. Tem 79 programas e cursos de pós-graduação stricto sensu e de extensão.

Recôncavo Baiano - Os 50 municípios que compõem o Recôncavo Baiano serão beneficiados com a transformação da Escola de Agronomia de Cruz das Almas, que fazia parte da Ufba, na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

A sede será em Cruz das Almas e os campi nos municípios de Santo Antônio de Jesus, Cachoeira e Amargosa. A Lei nº 11.151, de 29 de julho de 2005, que criou a UFRB, amplia progressivamente a oferta de cursos e vagas. Sai de um curso de graduação com 120 vagas da Escola de Agronomia para 14 cursos e 560 vagas este ano.

Quando estiver plenamente implantada, a instituição terá estrutura, professores e servidores para atender 30 cursos de graduação.

Entre as atividades na reitoria pro-tempore, o professor Paulo Gabriel Nacif vai construir a infra-estrutura física da universidade e dos três campi e definir o perfil acadêmico. Nacif explica que o Recôncavo é expressivo nas dimensões cultural e ambiental e que a universidade deve refletir essa vocação. A região tem vínculo com a afrodescendência e o barroco.

Na área ambiental é um entroncamento da Mata Atlântica com a caatinga. A UFRB atuará na valorização destas características, mas vai olhar para as vocações econômicas, como pesquisa e prospecção de petróleo, e a petroquímica, diz Nacif.

O plano de expansão da rede federal de ensino superior (Projeto Expandir), criado em 2005, inclui a criação de quatro Universidades federais - ABC (SP), Grande Dourados (MS), Recôncavo Baiano (BA) e Pampa (RS) -, a construção ou reestruturação de 40 campi em todo o país e a ampliação de seis faculdades federais, que estão sendo transformadas em universidades.

Entre 2005 e 2007, o investimento federal deverá atingir R$ 592 milhões e, em cinco anos, a expansão prevê a geração de 125 mil nas matrículas nas instituições federais.


Data: 03/07/2006