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MEC comemora a semana do meio ambiente

Esta semana é dedicada ao meio ambiente. A comemoração serve para enfatizar a importância de preservar a natureza para o bem-estar das futuras gerações. O Ministério da Educação (MEC) desenvolve várias ações na área de educação ambiental, como o Programa Educação de Chico Mendes, que recebeu este ano cerca de R$ 3 milhões para atender a 78 projetos em todo o país.

"O programa faz parte das ações educativas complementares e trabalha com grupos de sete a dez escolas, no contraturno escolar. O objetivo é fazer uma rede para intervenção no meio ambiente, de modo a fazer um diferencial no local e melhorar a qualidade de vida. Não adianta ter um ativismo vazio. O programa é baseado em pesquisa e ação participativa", afirma Rachel Trajber, coordenadora-geral de educação ambiental do MEC. O programa existe desde o ano passado, com pelo menos um projeto em cada unidade da Federação.

Este ano aproximadamente 160 novos projetos devem ser beneficiados. Os convênios são feitos, em sua maioria, com secretarias municipais de educação e organizações não governamentais. O orçamento é repassado para as regiões de acordo com a demanda. Ou seja, quanto maior for a solicitação, maior será a verba destinada. Neste primeiro ano, a divisão ficou assim: Sul - R$ 570 mil; Sudeste - R$ 1 milhão; Nordeste - R$ 1 milhão; Centro-Oeste - R$ 150 mil; Norte - R$ 140 mil.
O programa também contribui para a conservação da Mata Atlântica em 43 municípios brasileiros, espalhados em sete estados (Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo). São ações que envolvem 3.361 professores e 195 mil alunos.

O Instituto Rã-Bugio, de Santa Catarina, promove uma das ações. Trabalha com dez escolas de Jaraguá do Sul e forma 35 Com-Vidas (professores, alunos de 5ª a 8ª série e pais) em cada uma delas. A intenção é que os docentes levem o conhecimento para as salas de aula e os demais sejam multiplicadores na sociedade. "A partir do momento que a comunidade adquire consciência ambiental, fica mais fácil resolver os problemas", acredita Elza Nishimura Woehl, coordenadora do projeto.

Segundo ela, outras escolas já mostraram interesse em continuar o projeto e o aprendizado está sendo fantástico. "Trabalhamos não só a teoria, que não resolve o problema, mas também com prática. Tinha um estudante que era o pior aluno em classe, mas que na visita à floresta de restinga e manguezais se saiu muito bem", conta.

O projeto começou em fevereiro e segue até outubro, com palestras com especialistas, distribuição de cartilhas sobre os ecossistemas do estado e aulas práticas de campo.

A Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, também teve o seu projeto contemplado. O município possui a maior reserva de Mata Atlântica do estado (67%) e pretende envolver 20 escolas na conservação da floresta. O projeto terá duração de sete meses e terminará em dezembro. Haverá visitas ao local para fazer diagnóstico, registro e organizar os dados, negociações para o cumprimento dos objetivos da Agenda 21 nas escolas e a escolha de um plano de ação.

Segundo Patrícia Torteloti, coordenadora do projeto, serão formados 30 Com-Vidas por escola (pais, professores de 1ª e 2ª série do ensino fundamental e alunos da 2ª série), que seguirão a orientação da Carta da Terra. Atualmente estão sendo selecionados 20 alunos universitários, das áreas de engenharia florestal, pedagogia e biologia, que serem monitores ambientais nas escolas. Eles passaram por uma semana de formação para mobilizar os pais, alunos e professores para o projeto.

Mais informações sobre o Programa Educação de Chico Mendes podem ser obtidas no portal do MEC, <(http://portal.mec.gov.br),> na página sobre Educação Ambiental, ou através do e-mail ea@mec.gov.br.


Data: 02/06/2006