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Pesquisa realizada na UFCG em Sumé estuda a presença do angico em área de mata ciliar na Caatinga

Trabalho sobre a pesquisa foi publicado na última edição da Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade

 

Um estudo realizado na Universidade Federal de Campina Grande através do Laboratório de Ecologia e Botânica do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, sobre a distribuição do angico numa área de mata ciliar da Caatinga, na região do Semiárido foi publicado na última edição da Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade.

 

O artigo intitulado Estrutura e padrões de distribuição espacial de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (Fabales: Fabaceae) presente no estrato regenerante em área de mata ciliar no Cariri Ocidental Paraibano trata da pesquisa que teve como objetivo avaliar dados da estrutura fitossociológica associado aos padrões de distribuição espacial de jovens regenerantes do angico Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan, presentes em uma área de mata ciliar de Caatinga no Semiárido paraibano.

 

O levantamento foi realizado ao longo do riacho da Umburana. Foram dispostas para a pesquisa do banco de jovens 51 parcelas de 1 x 1 metro. Nas parcelas inventariadas foram amostradas 30 espécies distribuídas em 23 gêneros e 12 famílias botânicas, além de quatro espécies indeterminadas. O angico ficou representado por 19 indivíduos.

 

Os dados gerados no estudo definem relevantes subsídios para os campos da biologia da conservação da planta e para as estratégias de recuperação de ambientes ribeirinhos degradados no Semiárido brasileiro.

 

Conhecida popularmente como angico ou angico branco é uma espécie da Família Fabaceae, apresentando-se esta com grande necessidade de exposição solar e característica caducifólia. Seu tamanho é geralmente de médio e grande porte, dotada de copa larga e espalhada e galhos arqueados, permitindo a passagem de grande quantidade de luz. Nas áreas de Caatinga, apresenta altura variando entre 3 a 15 m, além de apresentar queda das folhas durante a estação seca. O caule apresenta-se com diâmetro de 40 a 90 cm, geralmente ereto ou pouco tortuoso, revestido por uma casca que varia de lisa e clara até rugosa ou muito fissurada e escura.

 

De acordo com o artigo publicado, registra-se também o uso dessa espécie na medicina popular, tendo efeito terapêutico, potencial antioxidante e antimicrobiano, bem como o uso do seu extrato rico em taninos no curtimento de peles de caprinos e extração de sua madeira para atividades de construção rural e civil, fabricação de móveis rústicos e com fins energéticos, sendo utilizada também na confecção de linhas, mourões e estacas para cercas, tabuado, tacos, desdobro, obras internas, ripas, implementos, embalagens e construção naval.

 

“Diante da sua importância como recurso e de seu amplo uso nos mais diversos setores, a pesquisa objetivou avaliar dados da estrutura fitossociológica associada aos padrões de distribuição espacial de jovens regenerantes do angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan) presentes em área ciliar de Caatinga no Semiárido paraibano.

 

O trabalho publicado na Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade tem como autores Jayane Karine Pereira de Araújo, Débora Souza dos Santos, Rebeca Noemi de Oliveira Bezerra, Jessica Sabrina Ovídio de Araújo, Micilene Silva de Brito, Francisca Maria Barbosa, Azenate Campos Gomes, Rui Oliveira Macedo e Alecksandra Vieira de Lacerda.

 

(Assimp CDSA/UFCG)


Data: 11/06/2018