topo_cabecalho
Prédio da UFCG recebe nome do primeiro diretor da Escola Politécnica de Campina Grande

Homenagem foi realizada nessa segunda, dia 30 de novembro

 

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) homenageou na tarde dessa segunda-feira, 30 de dezembro, um dos fundadores e primeiro diretor da Escola Politécnica de Campina Grande, com a designação do Bloco BG do campus sede, antigo "trenzinho", como Central de Aulas Antônio da Silva Morais.

 

A solenidade, presidida pelo reitor Edilson Amorim, contou com as presenças da viúva Clarice Morais e dos filhos Wladimir e Wilma Morais, como também de contemporâneos e ex-alunos da Poli, como ficou conhecida a escola.

 

Evitando traçar paralelos entre personagens marcantes da história da criação da UFCG, o reitor Edilson Amorim registrou o quanto era importante redimir a dívida com um dos cidadãos que mais contribuíram para o que se tornaram a universidade e Campina Grande - referências no ensino superior e em tecnologia e inovação.

 

Dizendo que começou a perceber a expressão histórica do homenageado, quando vice-diretor do Centro de Humanidade - cuja direção era instalada no prédio onde funcionava a escola, o reitor creditou a homenagem prestada ao saudoso Dr. Antônio Morais aos professores Leimar de Oliveira e Wellington Mota.

 

Num breve relato da trajetória do homenageado, considerando-o visionário por propor a criação de uma escola de engenharia no interior do Nordeste,  o professor Leimar afirmou que a reitoria da UFCG estava corrigindo uma grande injustiça. "Pois, mesmo tendo sido diretor da Poli por 11 anos, não havia nenhuma manifestação honrosa na instituição ao fundador ", ressaltou, requerendo que o campus de Campina Grande receba o nome do homenageado.

 

Memórias

 

Wladimir Morais agradeceu ao reitor e à comunidade acadêmica pela iniciativa do resgate da importância histórica do seu pai para a criação da UFCG - que, a partir da Escola Politécnica, se tornou um marco no desenvolvimento de Campina Grande.

 

"A cidade, embora desenvolvida economicamente, pela expressão do seu comércio, carecia de progresso cultural e intelectual. Foi com essa visão e motivado pelo espírito de educador, feito um bandeirante, que ele marcou sua estadia em Campina - com esse legado", considerou.

 

Ao justificar a ausência de sua irmã Walkiria, Wilma Morais registrou a abnegação do pai, lembrando dos passeios dominicais nas obras de construção da escola. "Tenho certeza de que era esta a universidade que ele vislumbrava. Isso me parece uma história já contada", exclamou.

 

Também fizeram uso da palavra o engenheiro Mário Carneiro, aluno da primeira turma da Politécnica, o ex-diretor do Centro de Engenharia e Informática (CEEI) Wellington Mota, o prefeito universitário Mário Neto e o médico Virgílio Brasileiro.

 

Dr. Antônio Morais nasceu na cidade de Angelim, no Agreste pernambucano, em 13 de maio de 1916. Faleceu, aos 90 anos, no dia 27 de janeiro de 2006. Foi diretor da Escola Politécnica (criada em 1952, com o curso de Engenharia Civil) de 1953 a 1963.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG - 01.12.2015)


Data: 01/12/2015