topo_cabecalho
Artigo - Músicas de faroestes

Benedito Antonio Luciano*

 

O gênero cinematográfico denominado faroeste (“western”) além de ter contribuído com excelentes filmes para compor a galeria do cinema, dele também fazem parte trilhas sonoras inesquecíveis.

 

Algumas dessas músicas ficaram tão intimamente ligadas aos respectivos filmes que a simples audição delas nos remete às cenas nas quais elas foram inseridas, provando, dessa forma, o quanto é importante o entrosamento entre o compositor e o diretor para o sucesso da obra.

 

Assim, assumindo o critério puramente subjetivo, segue uma lista, sabidamente incompleta, de algumas músicas que ajudaram a tornar famosos faroestes norte-americanos e alguns exemplares do gênero que ficou conhecido como “western espaguete”, uma releitura italiana do gênero criado e difundido nos Estados Unidos:

 

 “High noon” (Dimitri Tiomkin) – Matar ou Morrer (1952);

“The call of the far-away hills” (Terence Young) – Os brutos também amam (1953);

 “Johnny Guitar” (Victor Young/Peggy Lee) – Johnny Guitar (1954);

 “Gunfight at the O. K. Corral” (Dimitri Tiomkin) – Sem lei e sem alma (1957);

“The Big Country” (Jerome Moross) - Da terra nascem os homens (1958);

“The hanging tree” (Max Steiner/Jerry Livingston) – A árvore dos enforcados (1959);

“Rio Bravo” (Dimitri Tionkin/Paul Francis Webster) – Onde começa o inferno (1959);

“The magnificent seven” (Elmer Bernstein) - Sete homens e um destino (1960);

“The green leaves of summer” (Dimitri Tiomkin/Webster) - O Álamo (1960);

 “The man who shot Liberty Valance” (Gene Pitney) – O homem que matou o facínora (1962);

 “How the West was won” (Alfred Newman) – A conquista do Oeste (1962);

“Per quache dollaro in piu” (Ennio Morricone) – Por um punhado de dólares (1964);

 “Paying off scores” (Ennio Morricone) – Por uns dólares a mais (1965);

“Se tu non fossi bella come sei” (Gianni Ferrio) – O dólar furado (1965);

“Nevada Smith” (Alfred Newman) – Nevada Smith (1966);

“Per pochi dollari ancora” (Ennio Morricone/Gianni Ferrio) – Ringo não perdoa, mata (1966);

 “Django” (Luis Enríquez Bacalov) – Django (1966);

“I giorni dell’ira” (Riz Ortolani) – O dia da ira (1967);

“The good, the bad and the ugly” (Ennio Morricone) – O bom, o mau e o feio: Três homens em conflito (1968);

“C´era una volta il West” (Ennio Morricone) – Era uma vez no Oeste (1968);

“Hang ‘em high” (Domenic Frontiere) – A marca da forca (1968);   

“Raindrops keep falling on my head” (Hal David e Burt Bacharach) – Butch Cassidy e Sundance Kid (1969);

“True grit” (Elmer Bernstein) – Bravura indômita (1969);

“Lo chiamavamo Trinità” (Franco Micalizzi) – Trinity é meu nome (1970);

“Two mules for sister Sara” (Ennio Morricone/Stanley Wilson) – Os abutres tem fome (1970);

“Giù La testa” (Ennio Morricone) – Quando explode a vingança (1971);

“Pat Garret and Billy the Kid” (Bob Dylan) - Pat Garret e Billy the Kid (1973);

“The buffalo hunt” (John Barry) – Dança com lobos (1990).

 

Adicionalmente, seguem duas curiosidades: no Brasil, “The call of far-away hills”, balada-tema do filme “Os brutos também amam”, recebeu versão em português e, sob o título “Cavaleiro errante”, foi gravada pelo cantor Osny Silva; nos Estados Unidos, “The green leaves of summer”, tema do filme “O Álamo”, recebeu letra e foi gravada pelo grupo vocal  “The Brothers Four”, obtendo grande sucesso.

               

* O autor é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFCG.

 

As afirmações e conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta responsabilidade dos seus autores, não expressando necessariamente a opinião da instituição


Data: 21/09/2015