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UFCG apoia projeto voluntário de educação pela arte marcial

Para frequentar as aulas, as crianças devem ter bom rendimento escolar

 

Contribuir para a integração social de crianças do bairro em que convive foi o que motivou o servidor terceirizado da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Luciano da Silva, a desenvolver um projeto de educação pela arte marcial. Nas noite das terças-feiras e nas manhã dos sábados, na Sociedade de Amigos do Bairro (SAB) do Pedregal, ele ensina técnicas de Jiu-jítsu a meninos entre 5 e 14 anos.

 

Para participar do projeto, o garoto deve frequentar regulamente o colégio e obter boas notas nas avaliações escolares. Esse princípio, segundo Luciano, faz parte dos exercícios da disciplina e do respeito as normas. "Administrar o tempo, participando das aulas e atividades da escola ajudam na consciência das responsabilidades", disse.

 

Luciano disse que o seu encantamento por essa arte marcial foi bem parecido com o que acontece com a maioria dos meninos que participam do projeto: surgiu da observação dos movimentos praticados pelos atletas nos treinamentos. "Eu ficava repetindo os exercícios do tatame na grama, em frente ao restaurante universitário da UFCG, e sonhando em um dia ter um kimono", relembrou.

 

Entre os 38 integrantes do projeto desenvolvido com o apoio do Setor de Esportes da UFCG está o estudante do terceiro ano do Ensino Fundamental Arthur Wallace, de 9 anos, que participa desde o início das atividades na SAB do Pedregal, há seis meses. Ele conta que a sua admiração pelas artes marciais vem "desde pequeno" quando já observa as competições na televisão. "Meu sonho também é ser um lutador e professor de Jiu-jítsu", revelou, com o olhar voltado ao seu mestre.

 

Criado pelos avós, Arthur reconhece que os ensinamentos da arte marcial têm contribuído para a sua disciplina dentro e fora da sala de aula. Observação feita por Dona Luzia Silva, que afirmou ver na  integração do neto ao projeto a razão para uma mudança no comportamento do menino. "Ele está mais obediente e atento às atividades da escola. Tem sido menos ignorante e permanecido menos tempo na rua", ressaltou.

 

Dona Luzia  destacou também que a permanência de Arthur em casa, sem "precisar do constante cuidado em buscá-lo ou ficar gritando por ele", fez com que ele dedicasse mais tempo aos desenhos que gosta de fazer. Ela disse perceber que o respeito e o convívio com os amigos têm sido modificado. "Há uma convivência sadia, porque a prática do esporte ou da arte faz bem para o corpo e alma", considerou.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG  - 16.09.15)

 


Data: 16/09/2015