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ARTIGO - Encontro de Desenhistas Industriais e Designers em Campina Grande

Wagner Braga Batista*

 

Em outubro de 2009, o Design foi incorporado às políticas públicas do Ministério da Cultura- MINC. De modo claudicante, representantes deste setor participaram de fóruns culturais, da II Conferência Nacional de Cultura e indicaram representante para o Conselho Nacional de Políticas Públicas em 2010. Em 2002, o Colegiado Setorial de Design, do MINC, foi composto,  também de forma precária. Carente de identidade, de regulamentação e de valorização profissional, o Design no Brasil oscila entre o falso esplendor proporcionado pelo marketing e suas reais potencialidades. Enfrenta sérios desafios, entre os quais a vulnerabilidade do campo de trabalho de profissionais e de graduandos à ação de toda  sorte de aventureiros que, licenciosamente, autodenominam-se designers.

 

Ao longo de mais de 50 anos, desde que se constituiu a primeira escola de nível superior no Brasil, o desenho industrial ou design tem se defrontado com vários obstáculos para sua consolidação como setor de atividades especializado.

 

A banalização de projetos e de produtos contribuiu negativamente para a depreciação profissional, desconsiderando a exigência de adequada formação específica, bem como o empenho de seus profissionais para a valorização do design. Por conta desta distorção e de deformidades do exercício da profissão todos se sentem autorizados a falar em nosso nome e, de forma invasiva, ocupar nosso campo de trabalho.

 

Ao longo de meio século, poucas foram as oportunidades abertas por organismos públicos, responsáveis pela execução de políticas e programas, para que pudéssemos debater nossas atividades profissionais. Para que, democraticamente, pudéssemos articular nossas demandas com as de outros setores afins.

 

Apesar dos percalços registrados no processo em andamento, está possibilidade está aberta no âmbito do Ministério da Cultura. Não podemos desperdiçá-la.

 

Coletivamente podemos exercer este direito e estabelecer critérios, metodologias, agendas e cronogramas que contribuam positivamente para a afirmação do nosso campo de atividade profissional.

 

Você está sendo convidado a participar desta construção coletiva, que coloca nos ombros de profissionais e estudantes de desenho industrial e design a responsabilidade sobre nosso futuro.

 

Assim como em outras regiões do Brasil, em Campina Grande, no próximo dia 23 de setembro, realizaremos Encontro Presencial para discutir nossa participação na elaboração de propostas para as políticas públicas do Ministério da Cultura.

 

Veja o cronograma abaixo.

 

9 de setembro – Brasília (DF) / Vitória (ES) / Teresina (PI)

10 de setembro – São Luís (MA)

11 de setembro – Curitiba (PR) / Recife (PE) / Fortaleza (CE)

12 de setembro – Salvador (BA) / Natal (RN)

14 de setembro – Cuiabá (MT)

16 de setembro – Goiânia (GO) / Belém (PA) / Palmas (TO)

17 de setembro – Belo Horizonte (MG) / Macapá (AP)

18 de setembro – Rio de Janeiro (RJ) / Maceió (AL)

19 de setembro – Campo Grande (MS) / Florianópolis (SC)

23 de setembro – Aracaju (SE) / Campina Grande (PB) / Rio Branco (AC)

25 de setembro – Porto Velho (RO) / São Paulo (SP) / Boa Vista (RR)

26 de setembro – Manaus (AM) / Porto Alegre (RS)

 

Sua participação é importantíssima. Contribua, desde já, divulgando nas redes sociais este  evento, Convide outros profissionais e estudantes de nossa área de atividades. Mais informações estão acessíveis na página do Ministério da Cultura: http://cultura.gov.br/votacultura/

 

Em breve, continuaremos apresentando novas informações sobre o fórum presencial em Campina Grande.

 

* Wagner Braga Batista é professor aposentado da UFCG

 

As afirmações e conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta responsabilidade dos seus autores, não expressando necessariamente a opinião da instituição

 


Data: 04/09/2015