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Artigo - A pesquisa na UFCG - 10º Censo do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil

Carlos Alberto da Silva *

 

Acaba de ser divulgado pelo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico o 10º Censo do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil – registro das atividades dos pesquisadores no país. Vejamos em linhas gerais o perfil da pesquisa na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), neste Censo.

 

Com dados coletados em 2014, foram registrados 242 grupos de pesquisa na UFCG, 43% mais do que mapeados em 2010 (169) e 2.5 vezes mais do que o resultado do Censo de 2004, ano de criação da UFCG.

 

Também se observou que o número de pesquisadores em atividade e seu nível de formação aumentaram, nos últimos quatro anos. No Censo de 2014, dos 1629 pesquisadores atuantes, 1152 são pesquisadores doutores, ou aproximadamente 71% do total. Em 2010, o índice era de 67,8%.

 

A participação estudantil nos grupos de pesquisa da UFCG teve uma forte alta entre 2010 (1926) e 2014 (3328), aproximadamente 73%. No Censo 2014 cresceu a participação feminina, entre os estudantes, 52%, diante de 47% em 2010 e 39% em 2004.

 

No entanto, ocorreu uma redução expressiva na participação dos técnicos, de 124  em 2010 para 23 técnicos em 2014, uma baixa nos quadros de 81%.

 

O Censo 2014 incluiu novas informações, entre elas, levantamento de equipamentos e softwares próprios dos grupos de pesquisa; participação de grupos em redes de pesquisa; histórico de participantes; e colaboradores estrangeiros. Atualmente, entre os pesquisadores da UFCG, o número de colaboradores estrangeiros chega a oito (8), diante das pontuações: UFMA (11), UFAL (18), UFPI (21), UFS (26), UFRN (56), UFC (64), UFPB (74), UFPE (79), e UFBA (103).

 

Este bloco de informações aponta claramente à importância de fontes externas de recursos, da criação e fortalecimento de parcerias universidade-empresa-governo, do avanço na formação de redes de conhecimento e inovação, e da promoção de agendas estratégicas de internacionalização das universidades, tudo isto, com o objetivo de fomentar e valorizar as atividades de difusão e desenvolvimento de conhecimento no âmbito das Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs).  

 

Também houve mudanças na participação das grandes áreas do conhecimento no total dos grupos, com crescimento acentuado em ciências humanas (de 19% para 27% do total entre 2010 e 2014), com queda expressiva em Engenharia (de 27% para 24%) e em ciências exatas e da terra (de 11% para 7%), variações em torno de 1% em ciências agrárias (de 14% para 13%), em ciências biológicas (de 4% para 5%), em linguística/letras/artes (de 6% para 5%), e por último sem variações a área ciências sociais aplicadas (10%) e em ciências da saúde (8%).

 

O novo modelo institucional das universidades brasileiras pressupõe a gestão compartilhada da infraestrutura de CT&I; maior interação entre as universidades, setor público, empresas e comunidade; ações conjuntas através da identificação problema-solução; sinergias provenientes do compartilhamento de recursos tangíveis e intangíveis e de uma visão sistêmica e partilhada da produção do conhecimento científico e tecnológico.

 

* Carlos Alberto da Silva  é professor e coordenador de Pesquisa e Inovação da PROPEX/UFCG.

 

As afirmações e conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta responsabilidade dos seus autores, não expressando necessariamente a opinião da instituição


Data: 24/08/2015