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Brasileiro do MIT cria jogo gratuito para quem quer aprender mandarim

No ano passado, antes de começar sua pós em administração de empresas no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), o carioca Marcelo Zilberberg, 29, tinha cinco meses livres e fez o que qualquer um faria: foi para a China estudar mandarim.

 

Lá, enquanto tinha quatro horas de aulas diárias da principal língua chinesa, procurou maneiras de aprimorar seu aprendizado por meio de aplicativos. "Tudo o que eu achei foram coisas ou ruins ou entediantes", disse em entrevista por telefone. "Tive, então, a ideia de criar um game para mostrar que é possível aprender chinês de uma maneira mais simples."

 

Baixe o aplicativo (IOS)

 

Da iniciativa nasceu o Mandarin Journey, aplicativo gratuito para iOS lançado na última quinta-feira, que funciona como um RPG: a narrativa toma cursos diferentes, dependendo das decisões que são tomadas ao longo do jogo. "Na primeira vez em que você tem de usar o chinês é quando você chega a uma loja. Se decidir falar 'ni hao' [tudo bem?], ela fica mais feliz do que se disser em português", explica.

 

Alternativas para aprender línguas de graça são os serviços Duolingo e o Livemocha.

 

O interesse do brasileiro em aprender o mandarim é grande, conta o engenheiro, formado pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica) e com passagens pela TIM e pelo banco UBS em Londres. "O retorno tem sido muito bom, as pessoas gostam muito. A principal demanda é que seja incluída a opção de gravar áudio, para aprimorar a pronúncia. Mas preferi lançar o app mesmo imperfeito para tomar as decisões ao longo do caminho", diz.

 

Além do português, o Mandarin Journey está disponível em inglês. Uma versão para Android deve sair nos próximos dois meses. Uma para Windows Phone também está no horizonte, segundo Zilberberg.

 

Desenvolvimento

 

O interesse pela língua chinesa nasceu da sua experiência no mercado financeiro. "Trabalhava com commodities, então minha atribuição essencial era adivinhar que produto seria demandado pela China no mês seguinte", conta. "Ir para lá também me ajudou a ter a noção do tamanho da potência que é."

 

O desenvolvimento do aplicativo foi feito por uma empresa de Bauru (SP), a Mother Gaia. "Conversei com diversos desenvolvedores, e como esses já tinham um trabalho de narrativa interativa, achei que isso poderia ser adaptado para o aprendizado de línguas", diz Zilberberg, que não havia trabalhado em outros projetos de programação.

 

Como é distribuído em capítulos, o app cadastra quem estiver interessado em continuar a "jornada" nesta página.

 

(Folha.com)


Data: 17/12/2013