Em Dia com a Poesia O último bovino submarino Roniere Leite Soares Morreu sem amor, sem sustentáculo... Seu nome escrito em alfabeto maiúsculo, Um enfermo súbito no seu músculo, Sofrendo no interior de um estábulo. Sua angústia foi o único obstáculo: Tornou-se agonizante no raiar do crepúsculo, Ao invés de touro, tornou-se corpúsculo, Sua vida, sua morte, não fora espetáculo. Talvez um mártir, um herói pela moléstia, Sua paciência inteiramente modéstia, Do pobre animal ninguém sentiu dó Sua matéria transformou-se em carniça, À sua memória, nenhuma missa, Decompondo sua matéria em pó. Autor: Roniere Leite Soares Soneto escrito em 1988, quando o autor tinha 16 anos incompletos. Publicado em: "Coletânea de Textos: Alunos C.A.D. 1989", sob organização da Professora Eude Miranda Rocha, Campina Grande-PB, página 29. Comentário: O poema acima demonstra preocupação ambiental do aprendiz de poeta quando descreve de forma crua, a morte do boi que vive nas águas doces do Brasil - o peixe-boi. É ao mesmo tempo, um alerta, um apelo às autoridades no sentido de chamar a atenção para a importância de se preservar a espécie que, naquele momento, estava em perigo sério de extinção. Essa realidade, ainda hoje, não é muito diferente. A poesia neste caso, é uma forma de denúncia social. COROAS NORDESTINAS A coroa que transformou Virgolino em Lampião Fez no barro Vitalino Ser sem par como artesão, Padre Cícero, grande mártir Da fé e da religião, O Zumbi dos Palmares - Redentor da escravidão E Gonzaga, o plebeu, Se tornar Rei do Baião! Autor: Roniere Leite Soares Pensamento do mês de Junho/2012. Em comemoração aos 100 anos de nascimento de Gonzagão. Hino do Município de Boa Vista – Estado da Paraíba (Melodia e Poesia: Roniere Leite Soares) Aprovado em Concurso Público promovido pelo Poder Legislativo em 21/08/1999 – Lei No 113/99, de 13/09/1999 – publicado no Mensário Oficial no 31, ano III, de 1 a 30 de Setembro de 1999. Comissão Julgadora: Teatrólogo e Jornalista Wilson Maux, Advogado e Musicólogo José Cláudio Baptista e Compositor e Maestro Antônio Guimarães Correia (autor da melodia do hino oficial de Campina Grande-PB). Canto I: Boa Vista e seu povo, lado a lado, Se resume a um corpo são com mente sã, Sob as bênçãos que surgiram no passado E que regem os passos firmes do amanhã... Consagrada em sons de obra prima, Mão servil da Paraíba artesanal, Filha nobre do céu de rubro clima, Terra-Mãe da bentonita original. Refrão: Pendão de formas de amor, Clarão de afã multicor Que adorna as nossas vidas em troféu, Tu és o apogeu de um poema Que aborda num só tema Cinza e Verde num só céu! Quartel das tropas de paz, Cordel que exposto em cartaz, Exclama em voz impressa no papel: - Ó casa edificada em pedras mil Que aos vinte e nove de abril És para sempre a Mãe Fiel! Canto II: Ó refúgio que em meio à estiagem Planta e rega nos liceus e coliseus, Caatinga que te veste de folhagem – Prova vária do poder de um só Deus. Chão cercado ao sol de pau-a-pique, Que reluz de Santa Rosa ao Cariri, Preciosa qual flor no xique-xique, Tão eterna quanto o brilho de um rubi! Refrão: Pendão de formas de amor, Clarão de afã multicor Que adorna as nossas vidas em troféu, Tu és o apogeu de um poema Que aborda num só tema Cinza e Verde num só céu! Quartel das tropas de paz, Cordel que exposto em cartaz, Exclama em voz impressa no papel: - Ó casa edificada em pedras mil Que aos vinte e nove de abril És para sempre a Mãe Fiel! Escrito e musicalizado por Roniere Leite Soares em 1998. Data: 01/11/2013 |