Índice aponta acadêmicos coreanos como os mais valorizados do mundo Posição brasileira mostra que País deve encarar mau desempenho como um sinal claro para a necessidade de melhoria Acadêmicos da Coreia do Sul são os mais comercialmente valorizados do mundo. É o que diz um índice lançado na segunda-feira, 12, pela revista Times Higher Education (THE). O Índice de Inovação dos Melhores Acadêmicos do Mundo (tradução livre de World Academic Summit Innovation Index) calcula que empresas de todo o mundo estão investindo cerca de US$ 100 mil em cada acadêmico coreano, para que trabalhos com inovação e pesquisa sejam realizados em seu nome. Para compilar a lista, o índice usa a paridade do poder de compra para avaliar o rendimento de pesquisa que centenas de instituições de ensino de todo o mundo recebem da indústria. Os resultados dão uma ideia global de quão bem-sucedidas são as melhores universidades do mundo ao competir por financiamento de pesquisa pela indústria.
Inesperado A surpresa da lista é a posição dos Estados Unidos, país tradicionalmente conhecido por suas grandes universidades, que figura na 14ª colocação, no meio do ranking. A aparente falta de interesse dos grandes negócios por investimentos ocidentais contrasta com o fato de que alguns dos mais relevantes avanços da história vêm de instituições americanas ou europeias. Sem as pesquisas realizadas por acadêmicos dessas entidades, novidades como o mp3 (que surgiu na Universidade de Erlangen, na Alemanha), a televisão de plasma (Universidade de Illinois, EUA), o adesivo de nicotina (Universidade da Califórnia) e o holograma (Imperial College London), entre outros, não fariam parte do nosso cotidiano. Inovação oriental Os resultados também mostram que o recente interesse pela pesquisa oriental pode ser explicado pela combinação entre um crescente entusiasmo por avanços tecnológicos e ciência da computação aliado ao forte setor manufatureiro e o foco acadêmico nessas áreas em países como Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan, China e Índia - entre os dez melhores colocados. Para o editor da revista que realizou a pesquisa, esse novo ranking de inovação mostra que as nações asiáticas abraçaram o potencial de suas principais universidades de conduzir o futuro da economia do conhecimento e estão preparados para apoiá-los com excelentes níveis de financiamento. "Como resultado, houve um forte foco em pesquisa aplicada, que tem impacto no mundo real, em áreas como engenharia e tecnologia, onde os níveis de investimento são elevados porque os retornos comerciais são altos", afirma Phil Baty. Exemplos não faltam O Korea Institute of Science and Technology (KIST) tem colaborado com a empresa coreana Samsung para o desenvolvimento do primeiro robô humanoide que recebe sua inteligência de um computador wireless. A promessa coreana de "um robô por casa" para o ano de 2020 conta com Mahru-Z, o robô que liga a máquina de lavar louças, enche a lavadora de louças e corta saladas para seu dono. No mês passado, cientistas da Nanyang Technological University (Cingapura) exibiram sua "capa da invisibilidade", que fez um gato e um peixe-dourado desaparecer. O invento - que é capaz de fazer qualquer coisa dentro de seus limites desaparecer da vista direta - pode ter sérias aplicações do mundo real em matéria de segurança ou de entretenimento.
Data: 20/08/2013 |