Integrantes do Programa de Ações Sustentáveis para o Cariri – PASCAR do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da UFCG participaram na última sexta, 8 de março, da quarta edição da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, que reuniu mais de três mil pessoas no município de Solânea (PB), na região da Borborema.

A marcha organizada anualmente pelo Polo Sindical da Borborema e AS-PTA denuncia as desigualdades entre homens e mulheres e a violência, como forte bloqueio para que a agricultura familiar de base ecológica se consolide como modo de produção e de vida para as famílias agricultoras.

Os estudantes locutores do Matutando Agroecologia nas Ondas do Rádio, projeto integrante do PASCAR, Darlan Ramos e Paolla Leite conversaram com agricultoras e agricultores, autoridades políticas e religiosas sobre o evento que além da denúncia da violência contra a mulher agricultora, teve como foco neste ano a Agroecologia.

O Secretário de Executivo da Agricultura Familiar Alexandre Eduardo falou da relevância desses movimentos para a valorização da agricultura familiar e agroecologia. Já Rejane Alves, da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção - COONAP evidenciou a luta das mulheres agricultoras na Paraíba. O senhor Joaquim Santana, agricultor de Montadas, também falou para os estudantes, da importância da marcha “para que as pessoas repensem a produção agrícola como construção coletiva”. A Agricultora Marleide de Belém conversou com o Matutando sobre as situações de violência contra a mulher agricultora e a necessidade do fortalecimento da agroecologia.

Como em todos os anos, a marcha marca o encerramento de uma série de eventos promovidos com lideranças e agricultoras, em que é feita uma leitura crítica dos papéis sociais e sexuais reservados às mulheres e das condições de vida a que estão submetidas num contexto de persistência histórica da cultura patriarcal.

A grande inovação desse ano foi o estímulo à capilarização do debate para as comunidades por meio da utilização do vídeo A vida de Margarida, permitindo que mais mulheres possam refletir sobre sua condição.

Para Maria Helena, estudante do curso de Agroecologia do CDSA, e presidente da Feira Agroecológica de Sumé, a marcha foi um momento de compartilhar informações que valorizam a produção agroecológica de alimentos, como forma de promoção de saúde e segurança alimentar, além de colocar em evidência a figura da mulher - força ativa na produção agrícola.

O programa Matutando Agroecologia nas Ondas do Rádio vai ao ar nas segundas, quartas e sextas-feiras, às 16h, pela Rádio Cidade de Sumé AM, sob coordenação da professora Adriana de Fátima Meira Vital.

(Núcleo de Jornalismo Científico do CDSA/Assessoria de Imprensa)