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Ciência sem Fronteiras firma parceria com Febraban e Eletrobras

Dois acordos para doação de bolsas de estudo no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) foram assinados na sexta-feira (21/09), em São Paulo. O primeiro envolve os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Do segundo participam as duas pastas federais e a Eletrobras.

 

Por meio do acordo de cooperação científica, tecnológica e de inovação, serão doadas pelo setor financeiro 6.500 bolsas de estudo, sendo 10% em 2012, 22% em 2013, 30% em 2014 e 38% em 2015. O investimento previsto é de US$ 180 milhões. Já a Eletrobras custeará 2.500 bolsas.

 

A parceria entre os setores público e privado foi um dos principais pontos presentes nas falas das autoridades. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, apontou essa opção como uma orientação da presidenta Dilma Rousseff, e destacou o Ciência sem Fronteiras como um exemplo do modelo. “Essa parceria é o caminho a ser trilhado para termos um desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Quem sustenta a economia no mundo moderno, do conhecimento, são profissionais de alta qualificação em todas as áreas”, disse. Das 101 mil bolsas previstas no programa, 26 mil são da iniciativa privada.

 

A participação dos ministérios na gestão do programa se dá por intermédio de suas agências – o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

 

Exemplo

 

Raupp citou o caso da multinacional GE, que reportou recentemente o andamento de sua participação inicial no programa. “O sucesso foi retumbante. Eles anunciaram que estão tão satisfeitos com os dez estagiários que ficaram lá por um ano que estão contratando todos”, comentou. “Isso mostra que a recompensa do investimento em recursos humanos é imediata.” Ele informou que a GE está aumentando sua participação no projeto, passando a manter 25 estagiários, e depois 50.

 

O titular do MCTI destacou a presença da inovação tecnológica no setor financeiro. “A qualificação da comunidade científica, especialmente na área de informática, foi vital para a formulação das práticas e das tecnologias de gestão financeiras do sistema bancário brasileiro”, disse. “Vocês são exemplo de um sistema de automação bancária sofisticada para o mundo.”

 

Marco Antonio Raupp ressaltou ainda a interdependência das áreas de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I) e educação. Ele citou a conjugação de esforços entre MCTI e MEC como outra orientação presidencial que vem sendo cumprida.

 

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, por sua vez, defendeu a necessidade de manter o investimento nessas áreas, por sua natureza estruturante, mesmo em períodos conturbados no contexto internacional: “Na crise, é em educação que precisamos investir, em conjunto com a ciência, tecnologia e inovação”.

 

Sobre o CsF, o titular do MEC enfatizou o caráter meritocrático (baseado no desempenho escolar) e o poder transformador. “Os estudantes hoje ainda não podem imaginar o impacto que essa ação terá na vida deles”, comentou. Mercadante concluiu que a iniciativa “fará a diferença na criação de uma juventude mais competente, mais focada, mais eficiente” e anunciou que será lançado o Inglês sem Fronteiras, para atender a demanda por esse idioma, que aumentou com o intercâmbio.

 

Impacto - Na avaliação do presidente da Febraban, Murilo Portugal, a experiência promovida pelo programa do governo federal traz impactos imediatos tanto para as instituições que investem como para os estudantes e pesquisadores – e para o país.

 

Também participaram da cerimônia de assinatura o diretor de Administração da Eletrobras, Miguel Colasuonno; o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães; e o vice-presidente do CNPq, Manoel Barral Netto.

 

O Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, a expansão e a internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. Até 3 de setembro, o programa recebeu 72.269 inscrições e concedeu 16.788 bolsas.

 

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(CNPq)


Data: 24/09/2012