“Suspensão de recursos do SUS, fechará o HUAC”, diz Thompson Mariz

O reitor Thompson Mariz, pelas redes sociais e em entrevistas à imprensa, retaliou as justificativas apresentadas pela secretária de Saúde de Campina Grande, Marisa Agra, como motivações para o pedido de suspensão dos repasses dos recursos do SUS ao Hospital Universitário Alcides Carneio (HUAC). Ele considerou inconsequente a decisão, dizendo acreditar que a secretária não dimensionou a catástrofe que sua decisão causaria.

“Naturalmente, ela não tinha a ideia de que estava solicitando o fechamento do HUAC, pois o hospital sobrevive apenas dos recursos do SUS”, ressaltou o reitor.

Mariz rebateu severamente a questão de que os recursos serão repassados para outras unidades da rede hospitalar e disse que esses valores poderão, estrategicamente, ser canalizados para a rede privada “pois as unidades filantrópicas - a exemplo do Pedro I e FAP -, não têm condições de realizarem alguns procedimentos de alta complexidade feitos pelo HUAC.

No tocante as argumentações de que o hospital não vem realizando os serviços pactuados, em sua totalidade, o reitor da UFCG não negou. Mas, salientou que outros serviços vinham sendo disponibilizados em contrapartida. “Havia uma espécie de compensação pela não realização de alguns procedimentos – seja pela carência de profissionais ou greve dos servidores – com a disponibilidade de atendimentos de alta complexidade, de custos bem superiores.”

Diálogo

Mariz também estranhou a declaração do prefeito Veneziano Vital do Rêgo, na imprensa, de que não tinha conhecimento da solicitação encaminhada pela secretaria, como também, questionou a ligação feita pelo chefe do executivo municipal ao senador Cássio Cunha Lima, explicando a decisão.

“Antes de tudo, devia ter nos ligado. Desconheço qualquer diferença ou dificuldades de diálogo entre nós. O prefeito poderia ter apresentado a problemática e sugerido caminhos para uma solução”, comentou o reitor, dizendo que  a universidade sempre se mostrou capaz de resolver seus problemas.

De forma prática, segundo Mariz, o problema seria resolvido com uma conversa. “O diálogo, com o alinhamento das diretrizes do contrato, levaria a uma nova contratualização. Prevalecendo, acima de tudo, a preservação do atendimento à população”.

Brasília

O reitor Thompson Mariz embarcou para Brasília, na tarde desta terça-feira, para tratar do assunto nos ministérios da Educação e da Saúde.

(Marinilson Braga – Ascom/UFCG)