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Inglês ruim faz aluno brasileiro perder bolsa em universidade top

Boa parte dos melhores universitários brasileiros tem inglês precário e, por isso, teme disputar bolsas de estudo em instituições de ponta dos Estados Unidos e do Reino Unido.

 

O problema é tão grande que o governo decidiu criar um teste nacional de inglês para até 100 mil universitários e cursos de reforço no idioma aos que necessitarem.

 

A deficiência foi verificada na seleção de universitários a serem financiados no exterior pela União no programa Ciência Sem Fronteiras.

 

No processo deste ano, as universidades portuguesas e espanholas foram as que mais atraíram candidatos, à frente das escolas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

 

Portugal não tem nenhuma instituição entre as 200 melhores do mundo no ranking Times Higher Education, um dos mais importantes na área. A Espanha possui uma, ante 75 dos Estados Unidos e 32 do Reino Unido.

 

"Há boas universidades nesses centros [Portugal e Espanha], mas detectamos que muitos alunos nossos de excelente nível procuram essas alternativas porque têm dificuldade com o inglês", disse à Folha o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

 

Além dos locais que falam inglês, o idioma também é usado em cursos de países como Holanda, Bélgica e China.

 

O bolsista deve estar entre os com melhores notas no Enem (exame do ensino médio) e comprovar conhecimento da língua estrangeira.

 

"O inglês no Brasil precisa ser muito aprimorado", disse o diretor de exames do British Council no país, Cláudio Anjos. "Com o vestibular, as escolas se preocupem apenas com ensinar a ler, não a escrever, escutar e falar."

 

Veja gráfico.

 

Intensivo

 

Para tentar atenuar a deficiência, a União lançará nas próximas semanas o programa Inglês Sem Fronteiras.

 

Será aplicada uma prova neste semestre, em data a ser definida, nos moldes dos exames internacionais Toefl e Ielts -com a ajuda dos organizadores desses testes.

 

Poderão participar os cerca de 100 mil melhores universitários que fizeram o Enem (o último exame teve 4 milhões de participantes).

 

Eles são potenciais candidatos a uma das 101 mil bolsas para o exterior, a serem concedidas até 2015.

 

Após o teste, os universitários serão classificados nos níveis A1, A2, B1, B2 e C. Os que ficarem nos patamares intermediários B1 e B2 poderão fazer curso gratuito intensivo de inglês, de seis meses, em universidades federais.

 

A ideia é que esses estudantes estejam preparados para os exames de proficiência e possam aproveitar melhor a estada no exterior.

 

(Folha.com)


Data: 26/07/2012