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Pesquisa da UFCG usa métodos computacionais para entender o funcionamento do cérebro

Os especialistas sempre imaginaram o cérebro como uma grande repartição, com cada setor dedicado a gerenciar e executar tarefas bem específicas, como a visão, o tato ou a linguagem. Mas parece que não é bem assim.

 

Pesquisadores do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e do Departamento de Sistemas e Computação da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) descobriram novas e fortes evidências de que o cérebro, ao realizar uma determinada tarefa sensorial (tátil, por exemplo) pode recrutar neurônios de áreas tradicionalmente associadas a outras funções (como processamento visual).

 

O estudo, fruto da tese de doutorado de Nivaldo Vasconcelos, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFCG, foi publicado na revista científica PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, uma das mais importantes do mundo.

 

Os experimentos foram realizados em ratos, que receberam eletrodos para medir a atividade dos neurônios no córtex visual e no córtex somatossensório (área responsável pelo tato). Colocados no escuro, os animais tinham que identificar objetos que nunca tinham visto ou tocado.

 

Analisando-se os dados de ativação dos conjuntos de neurônios, percebeu-se que o padrão de ativação nas duas áreas era similar, como se cada região do córtex tivesse um peso diferente para a percepção, mas com ambas contribuindo para a construção do retrato mental dos objetos.

 

A tese de Nivaldo Vasconcelos foi orientada pelos professores Herman Gomes, da UFCG, e Sidarta Ribeiro, da UFRN. Além dos resultados da pesquisa, o artigo publicado na PNAS também contou com contribuições dos pesquisadores e colaboradores Janaina Pantoja, Hindiael Belchior, Fábio Caixeta, Jean Faber, Marco Freire, Vinícius Cota, Edson Macedo e Diego Laplagne.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG - 20.06.12)


Data: 20/06/2012