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Cultura hacker, ecologia e ciências se encontram no Alto Sertão da Paraíba

Longe dos holofotes e das pretensões globais da Rio+20, um expressivo grupo de pesquisadores, ambientalistas, representantes de governos, lideranças locais, hackers e artistas se reunirá no semiárido nordestino para a I Conferência Internacional em Gestão Ambiental Colaborativa (Cigac), de 13 a 16 de junho.

 

Apostando na diversidade e cruzando fronteiras entre diferentes saberes para debater soluções para a região, o evento ocorre na cidade de Sousa (PB), a 427 Km da capital paraibana. Realizada pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) em parceria com a Rede MetaReciclagem, a Cigac tem apoio do CNPq e adota como tema de sua primeira edição "Semiárido: Ciência e Inovação Social".

 

Dentre os conferencistas, temos duas atrações internacionais: Tapio Makela e Kasia Molga. O pesquisador e artista finlandês Makela é cofundador do MARIN (Media Art Research Interdisciplinary Network), projeto que articula laboratórios móveis para pesquisas em arte, ciência e ecologia. Kasia Molga, artista polonesa residente em Londres, é também designer de interação e leciona na Universidade de Bournemouth.

 

Mas, apesar de nomes de renome figurando na programação do evento, a participação da comunidade é um dos pilares que dá sentido à conferência. Queremos ouvir e deixar registrada a voz do pequeno produtor rural sertanejo, dos líderes populares e membros das comunidades, das colônias, associações e cooperativas. Todos juntos por um semiárido sustentável!

 

Realização

 

Criada em 2002, a MetaReciclagem influenciou diversas políticas públicas em todo o Brasil, como os projetos Pontos de Cultura e Casa Brasil, sendo indicada pela UNESCO como referência em reapropriação tecnológica e recebendo menção honrosa na categoria Comunidades Digitais do prêmio austríaco Prix Ars Electronica, um dos mais importantes da área.

 

Membro da rede e um dos idealizadores da Cigac, Orlando da Silva vê diversas aproximações entre as duas iniciativas. "Esse movimento de fluxo em redes está construindo um processo trandisciplinar, no sentido de ações que ultrapassam disciplinas e tomam formas inimagináveis quando ressignificadas pelas comunidades do semiárido", diz.

 

A UFCG, reconhecida internacionalmente por sua competência em diferentes áreas, dá um passo inovador associando-se a redes de colaboração e produzindo um evento que aposta nesses novos formatos organizacionais. O projeto foi submetido ao CNPQ pelo professor Allan Sarmento, do campus de Sousa-PB.

 

Para Sarmento "é este tipo de abertura às diferentes formas de organização e produção de conhecimento que pode gerar uma perspectiva em Ciência, Tecnologia e Inovação própria e forte para o Semiárido brasileiro".

 

(Danielle Pereira - Assessoria do Evento)


Data: 14/06/2012