Sem chegar a um acordo, governo e professores de universidades federais vão retomar as negociações na próxima terça-feira (19) --os docentes estão em greve há pouco menos de um mês.

Nesta terça, na primeira reunião entre Ministério do Planejamento e professores, o governo federal solicitou uma trégua de 20 dias para analisar as reivindicações da categoria, que pede uma reforma do plano de carreira.

Durante a reunião, que durou pouco mais de duas horas, o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, sugeriu o uso da carreira de ciência e tecnologia como referência para a reestruturação solicitada pelos docentes.

"O governo se comprometeu a trazer uma proposta (...) com algo concreto", disse Marina Barbosa, presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Nível Superior), sobre reunião agendada na próxima semana.

Ela ressaltou, no entanto, que há "muitos problemas" em utilizar a carreira de ciência e tecnologia como parâmetro, citando como exemplo o fato de que esses servidores não trabalham em regime de exclusividade, como é o caso dos docentes.

"Não temos ainda uma concretude do que ele quis dizer com essa referência", afirma Eduardo Rolim, presidente do Proifes (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior).

O governo prometeu também antecipar a conclusão do acordo para o início de julho. O prazo expira em agosto, quando é encaminhada ao Congresso Nacional a proposta do orçamento da União para o ano seguinte.

(Folha de SP)