topo_cabecalho
Projeto de catalogação histórica patrocinado pela Petrobras será lançado em Campina Grande

Lançamento acontece na próxima segunda. Trabalho será realizado pelo Parque Tecnológico em parceria com a UFCG

 

Um projeto de grande importância para a construção da cidadania e da memória do país - e que pode trazer à tona aspectos inéditos da História do Brasil -, será lançado na próxima segunda-feira, dia 19, em Campina Grande.

 

Trata-se do Projeto Nacional Catálogo Geral dos Manuscritos Avulsos e em Códices Referentes à História Indígena e Escravidão Negra do Brasil, proposto pela Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e selecionado pelo Programa Petrobras Cultural e pela Lei de Incentivo à Cultura.

 

Marcado para as 19h, no auditório do Museu Vivo da Ciência e Tecnologia, no Largo do Açude Novo, o lançamento contará com a presença de diversas autoridades e representantes de grupos étnicos, além do gestor de projetos culturais da Petrobras, Luís Carlos Nascimento.

 

O projeto prevê a organização de coleções de documentos digitalizados, que, segundo a coordenadora, professora Juciene Ricarte Apolinário, “guardam informações riquíssimas sobre o período colonial brasileiro que, em sua maioria, não foram tratadas historicamente”.

 

Ela participou como pesquisadora no Projeto Resgate Barão do Rio Branco, do Ministério da Cultura, que microfilmou e digitalizou aproximadamente 340 mil documentos (perto de três milhões de páginas manuscritas) relativos a 18 capitanias da América portuguesa depositados no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, o maior acervo de documentação colonial brasileira no exterior.

 

Ao término dos trabalhos, trouxe para o Brasil mais de 360 rolos de microfilmes e coleções em CD-Rom. “Nossa proposta é catalogar essa informação, facilitando as pesquisas que transitam pelas temáticas indígenas e afro-brasileiras”, explica.

 

A maior parte da documentação se refere a papéis jurídico-administrativos. “São documentos que revelam muitas das ações e relações cotidianas de sujeitos históricos antes excluídos da escrita oficial, como é o caso dos povos indígenas e afro-brasileiros”, comenta a pesquisadora, que aposta no aumento das pesquisas nessa área.

 

“O acesso às fontes históricas selecionadas neste projeto garantirá maiores inclusões e análises de documentos inéditos. Os catálogos temáticos serão instrumentos de trabalho, com centenas de verbetes e índices de todas as antigas capitanias brasileiras inseridas em regiões, que tornará possível, de forma objetiva, a ampliação da divulgação das fontes históricas”, observa.

 

O projeto prevê ainda a publicação de catálogos temáticos impressos e em DVD, que serão organizados em coleções. O material também incluirá verbetes com áudio - proporcionando também aos deficientes visuais o acesso aos resumos das informações documentais -, e será distribuído a instituições universitárias públicas, arquivos e bibliotecas de todos os estados brasileiros.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG - 12.06.12)


Data: 12/06/2012