topo_cabecalho
Fórum debate adesão do HUAC à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Numa rápida reflexão sobre o modelo de gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o vice-reitor da Universidade Federal da Campina Grande (UFCG), Edilson Amorim, apontou duas questões básicas a serem debatidas no fórum que o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) promove nesta segunda, 28, e terça, dia 29, no auditório da Fiep, sobre o novo sistema administrativo proposto pelo Governo Federal.

 

Uma das questões é se o Regime Jurídico Único (RJU) é incompatível com o gerenciamento médico-hospitalar. A outra é se os hospitais ficarão isentos do ritual de controle dos órgãos fiscalizadores (Lei da Licitação).

 

Sempre grifando a pressuposição dos fatos, Amorim também fez uma contraposição à “apressada conclusão da Ebserh”, ressaltando que ela vem sendo estruturada lentamente, “ainda não se expressando, claramente, como se propõe e se planeja”, disse, na abertura do evento.

 

Criada pela Lei Nº12. 550, de 15 de dezembro de 2011, a empresa será responsável por administrar os recursos financeiros e humanos dos hospitais universitários das instituições federais de ensino superior do país.

 

O representante da coordenação do fórum, Jimmy Felipe, ao abrir o evento, destacou a importância das discussões para o posicionamento do Colegiado Pleno da UFCG no momento em que for decidir sobre adesão, ou não, à Ebserh.

 

Na manhã desta terça-feira, uma mesa-redonda, com a participação de representantes do MEC, Ministério da Saúde e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras, discutiu as consequências da empresa para os usuários do SUS.

 

O evento será finalizado à noite, com a elaboração da Carta Campina Grande, após apresentação dos relatórios dos grupos de trabalho.

 

Situação atual do HUAC

 

Na abertura do evento, um relato dos cinco meses de gestão frente ao HUAC foi apresentado pela diretora Geral do hospital, Berenice Ramos. Numa dinâmica que trafegou pelos dados históricos e operacionais, a gestora fez referência às problemáticas dos recursos humanos e aos valiosos serviços referendados.

 

Além da busca pela habilitação nos serviços de Hemodinâmica, Hemodiálise, Mamografia e Infectologia, Berenice lembrou que o HUAC não tem cumprido o seu verdadeiro papel – que é o de cuidar dos procedimentos de média e alta complexidade - pela não estruturação correta da rede básica de saúde.

 

“Os diagnósticos resolutivos não estão sendo apresentados pelos agentes da atenção básica. Na maioria das vezes, eles apenas se resumem a fazer encaminhamentos. Essa prática tem estrangulado o atendimento do HUAC”, destacou.

 

Segundo a diretora, medidas como a estruturação de uma equipe de acolhimento para a classificação das urgências estão sendo aplicadas para retomada da gênese dos serviços. “Orientar o paciente a voltar para ser atendido na unidade básica e, em alguns casos, não marcar um retorno (nova consulta) reorganizarão o fluxo”, explicou.

 

(Marinilson Braga – Ascom/UFCG – 29.05.12)


Data: 29/05/2012