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Médicos criticam plano para revalidar diploma de estrangeiro

Entidades preparam manifesto contra flexibilização das regras para médicos formados no exterior

 

Entidades médicas entregarão aos Ministérios da Saúde e da Educação um manifesto contra a revalidação automática de diplomas de Medicina obtidos em países estrangeiros. A intenção do governo de flexibilizar as regras para aprovar médicos formados no exterior.

 

"Essas preocupações não são apenas de brasileiros, mas da comunidade médica internacional", disse o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D'Avila. "Em qualquer país sério, um médico estrangeiro, antes de trabalhar, tem de passar por uma avaliação."

 

Batizado de Declaração de Florianópolis, o texto foi aprovado por representantes de 17 países que participaram, na semana passada, de um encontro e deve ser usado como argumento diante da decisão do governo de afrouxar as regras para facilitar a entrada, no País, de médicos formados em faculdades no exterior.

 

Entre as medidas avaliadas está a dispensa do exame de validação de diplomas, o Revalida, considerado obstáculo à entrada de profissionais de baixa qualidade no País. Na última edição, a taxa de aprovação ficou abaixo de 12%.

 

Uma das estratégias seria oferecer uma espécie de residência médica no serviço público e, após dois anos, dispensar o formando do exame. Alguns defende o fim da prova.

 

"A dispensa de um exame como este acaba abrindo uma perigosa brecha para a entrada de médicos de capacitação duvidosa para o País", afirma o médico Desiré Callegari, também integrante do CFM.

 

(Estadão)


Data: 04/04/2012