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Acordo entre Brasil e Estados Unidos fortalece pesquisas com células-tronco

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) firmou nesta segunda-feira (26) acordo com o Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia (Cirm) para fortalecer o incremento da pesquisa científica e tecnológica relacionadas às células-tronco.

 

Participaram do evento o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde (DABS), Paulo Sergio Lacerda Beirão, e o presidente do Cirm, Alan Trounson.

 

O acordo promoverá o financiamento de projetos colaborativos de pesquisa entre especialistas da Califórnia e do Brasil e ampliará os meios para explorar oportunidades de programas de intercâmbio de pesquisadores, cientistas, especialistas e estudantes de doutorado, capacitação e formação de projetos de pesquisa conjuntos.

 

Segundo o diretor Beirão, o acordo facilita a cooperação de grupos brasileiros com pesquisadores norte-americanos, bem como com outros que integram uma ampla rede mundial dedicada ao avanço da Medicina Regenerativa.

 

“Essa é uma área de pesquisa de grande importância, pois abre uma enorme perspectiva para o tratamento de doenças até agora consideradas incuráveis, ou melhora a qualidade de tratamentos hoje existentes. O avanço do conhecimento será maior e mais rápido se houver ampla troca de informações e cooperação entre os grupos de pesquisa”, destaca Beirão. Adicionalmente, o diretor afirma que o acordo dá maior visibilidade aos grupos brasileiros que trabalham nessa área, e favorecerá a formação de mais pesquisadores em instituições de excelência.

 

Investimento

 

Para Trounson, o Brasil tem um forte e robusto conjunto de pesquisadores na área de células-tronco, ciência básica e clínica translacional, que deve gerar sinergia produtiva com muitos cientistas e projetos na Califórnia, bem como auxiliar os norte-americanos a alavancar investimentos para esses segmentos de estudo.

 

O acordo assinado prevê ainda a organização conjunta de seminários científicos e tecnológicos, workshops, simpósios, a interação entre instituições e grupos de investigação e o intercâmbio de informações.

 

O Ministério da Saúde (MS), por meio do CNPq e da Capes, tem financiado com muita ênfase, nos últimos dez anos, pesquisas com células-tronco, permitindo grande avanço, principalmente após a liberação do Supremo Tribunal Federal (STF), como frisa o professor Antônio Carlos Campos de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos especialistas dessa vertente de pesquisa.

 

Hoje, as pesquisas com células-tronco são desenvolvidas por 52 grupos de estudos localizados em várias regiões e também por oito centros de tecnologia financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e MS. Também é significativo o patamar alcançado com ensaios clínicos e terapia celular nas áreas de cardiologia, neurologia e doenças auto-imunes, com destaque para o diabetes.

 

(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)


Data: 28/03/2012