Pesquisa da UFCG revela as cidades mais violentas do Brasil por tamanho da população João Pessoa ocupa a 6ª posição e Campina Grande, a 14ª.
A capital paraibana, João Pessoa, e a cidade de Campina Grande estão entre as cidades mais violentas do Brasil por tamanho da população. É o que revela um estudo realizado pelo professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), José Maria da Nóbrega Júnior.
A pesquisa Ranking das cidades mais violentas por tamanho da população apresenta um ranking de violência homicida nas principais cidades brasileiras em termos de peso populacional. A análise foi realizada em cima das cidades de médio e grande porte, que vai dos 300 mil habitantes a aquelas cidades com mais de um milhão de pessoas, o que corresponde a 79 cidades das mais de cinco mil e quinhentas de todo o Brasil.
Entre essas 79 cidades, João Pessoa ficou na 6ª posição com 495 mortes no ano de 2010, o que equivale a uma taxa de 68,4 homicídios para cada 100 mil habitantes.
“Se compararmos João Pessoa com a cidade paulista de São Bernardo do Campo, cidade com mesmo porte populacional que a capital paraibana, veremos que a taxa de homicídios da cidade paulista equivale 13,5% da taxa de homicídios de João Pessoa. São Bernardo do Campo houve 70 assassinatos em 2010, com uma taxa de 9,4 por 100 mil habitantes. Isto aponta para o crescimento da violência homicida nas cidades nordestinas”, esclarece Nóbrega.
Outra cidade paraibana que ocupa uma posição preocupante é Campina Grande. Na 14ª posição, a Rainha da Borborema registrou 187 homicídios no ano passado, o que representa uma taxa de 48,5 por 100 mil habitantes.
“Se analisarmos o número de homicídios de Campina Grande com cidades do seu mesmo porte populacional, ela sobe para a 4ª posição, ficando atrás apenas de Cariacica, Betim e Olinda”, revela.
No estudo é possível ver ainda que cidades que há dez anos ocupavam as primeiras posições, como São Paulo e Rio de Janeiro, apesar de ainda apresentarem taxas altas, hoje estão em posições bem melhores em relação à violência. “Isso aponta que existe sim a possibilidade de controlarmos a violência homicida em nossas cidades”, diz.
(Gloriquele Mendes – Ascom/UFCG) Data: 17/01/2012 |