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Interação com empresas estimula produção científica em universidades

 

Diversos grupos de pesquisadores têm estudado a fundo, de forma articulada e em diversos países, a situação atual, as perspectivas futuras e os desafios das interações entre universidades e empresas.

 

A vertente brasileira desses grupos se organizou, nos últimos quatro anos, em torno do Projeto Temático “Interações de universidades e instituições de pesquisa com empresas industriais no Brasil” , financiado pela Fapesp e coordenado por Wilson Suzigan, professor do Instituto de Geociências e chefe do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

 

Lançado no final de outubro, o livro Em Busca da Inovação: Interação Universidade-Empresa no Brasil é o primeiro produto do Temático. A obra é organizada por Suzigan, Eduardo da Motta e Albuquerque e Silvio Antonio Ferraz Cário, respectivamente professores dos departamentos de Ciências Econômicas das universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e de Santa Catarina (UFSC).

 

De acordo com Suzigan, o livro é uma “fotografia das colaborações entre universidades e empresas no sistema científico nacional”. Ao detalhar a natureza, extensão e distribuição regional das interações, os autores procuraram fazer uma avaliação do atual estágio de construção do sistema brasileiro de inovação.

 

A interação foi observada pela perspectiva do setor científico: a análise se baseou em questionários apresentados a representantes dos grupos de pesquisa relacionados no diretório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “O questionário foi apresentado aos grupos de pesquisa que declararam ter parcerias com empresas. A partir daí, procuramos identificar quais interações com a academia são mais relevantes para o setor produtivo”, disse Suzigan.

 

Os resultados mostrados no livro permitem esclarecer uma polêmica. Segundo Suzigan, muitos ainda se posicionam contra a interação entre academia e empresas por enxergar esse envolvimento como um desvio das funções da universidade, que deveria se dedicar apenas à pesquisa pura. “Mostramos que é o contrário: a grande maioria dos grupos de pesquisa interativos melhora seu desempenho científico, com mais teses, mais dissertações, mais projetos de iniciação científica e muito mais publicações. A interação gera benefícios para o grupo de pesquisa, assim como para o setor produtivo”, afirmou. (Com informações da Agência Fapesp)

 

(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)


Data: 17/11/2011