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Inaugurada Sala de Leitura no HU

Inaugurada na manhã de hoje, sexta-feira, 31, a Sala de Leitura José Lins do Rêgo (foto), localizada nas dependências da Biblioteca instalada no Centro de Assistência Especial de Saúde e Ensino - CAESE, do Hospital Universitário Alcides Carneiro - HUAC / UFCG, no bairro do São José. O acervo inicial é composto de 500 títulos e 1.000 exemplares, de autores nacionais e estrangeiros, doados pela Fundação Oldembush, através de convênio com a empresa White Martins. Estavam presentes diretores do Hospital, professores, funcionários e estudantes.

Quem visitar à sala vai encontrar livros sobre: Auto-ajuda, Administração, Psicanálise, Sexualidade, Música, Ciência Política, Literatura Estrangeira, Literatura Brasileira, Literatura Infantil, Esoterismo e Sociologia. E mais: Artes, Biografias, Espirituaidade, Economia, História, Idiomas Estrangeiros, Marketing, Relações Humanas, Teoria Literária e Vida Profissional.

Abrindo a solenidade, o Diretor-Geral do Hospital, médico Evaldo Dantas da Nóbrega, falou da importância do espaço, no qual existem vários tipos de livros não-acadêmicos, e que a finalidade da Sala é estimular o hábito da leitura junto à comunidade acadêmica do HU. Enalteceu as ações da médica Graça Vieira e do ex-superintendente do Hospital, professor Nilson Nogueira, que estavam participando da inauguração.

A médica Graça Vieira falou sobre a dinâmica da Instituição em oferecer opções para todos os membros da comunidade acadêmica e fez comentários breves sobre o escritor paraibano José Lins do Rego, destacando as várias obras expostas no acervo da biblioteca. Lembrou o livreiro José Pedrosa, proprietário da Livraria Pedrosa, que funcionou durante muitos anos no centro da cidade de Campina Grande, oferecendo livros diversos à população campinense. “Pedrosa disse uma frase importante, que foi: faça do livro seu melhor amigo”.

O ex-superintendente do HU, professor Nilson Nogueira, destacou a importância do projeto da Sala de Leitura que estava sendo inaugurada e lembrou o esforço da médica Graça Vieira. Demonstrando um pouco do amplo conhecimento que possui, o professor Nilson convidou os estudantes a visitarem o espaço “para que conheçam os livros, pois neles estão assuntos que tratam da alma humana, e o médico precisa saber e conhecer outros assuntos”.

O descerramento da placa foi feito pela bibliotecária do CCBS e do HU, Severina Sueli Silva, e pela médica Graça Vieira.

José Lins do Rego

José Lins do Rego, jornalista e romancista, nasceu no Engenho Corredor, Pilar, PB, em 3 de julho de 1901, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1957.

Fez as primeiras letras no Colégio de Itabaiana, PB, no Instituto N. S. do Carmo e no Colégio Diocesano Pio X de João Pessoa. Depois estudou no Colégio Carneiro Leão e Osvaldo Cruz, em Recife. Desde então revelaram-se seus pendores literários. É de 1916, o primeiro contato com O Ateneu, de Raul Pompéia. Em 1918, aos 17 anos, José Lins travou conhecimento com Machado de Assis, através do Dom Casmurro.

Desde a infância, já trazia consigo outras raízes, do sangue e da terra, que vinham de seus pais, passando de geração em geração por outras pessoas sempre ligados ao mundo rural do Nordeste açucareiro, às senzalas e aos negros.

Romancista da decadência dos senhores de engenho, sua obra baseia-se quase toda em memórias e reminiscências. Seus romances levantam todo um sistema econômico de origem patriarcal, com o trabalho semi-escravo do eito, ao lado de outro aspecto importante da vida nordestina, ou seja, o cangaço e o misticismo. O autor destacou como desejaria que a sua obra romanesca fosse dividida: Ciclo da cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Bangüê, Fogo morto e Usina; Ciclo da cangaço, misticismo e seca: Pedra Bonita e Cangaceiros; Obras independentes: a) com ligações nos dois ciclos: Moleque Ricardo, Pureza, Riacho Doce; b) desligadas dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.


Data: 31/03/2006