A consolidação da parte acadêmica, com um maior envolvimento dos professores e alunos nas atividades, além da crescente participação de professores de outras instituições, foi considerada o destaque da quinta edição do Festival de Inverno da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

A afirmação foi do coordenador do evento e diretor do Centro de Educação e Saúde (CES), Ramilton Marinho, durante a abertura oficial do evento, na noite dessa terça-feira, 23, no Teatro Municipal de Cuité, no Curimataú paraibano.

A descentralização do evento este ano, saindo dos muros do campus universitário em direção às praças e outros espaços públicos – com realização de oficinas, Circo da Ciência e Planetário com uma maior participação da população – além de facilitar e democratizar o acesso, é analisada pelo diretor como um vetor que indicará novos rumos e uma iniciativa que ajudará a cidade, em especial o poder público, perceber a importância do festival e a promoção social por ele gerada.

Pensamento reforçado pelas palavras do vice-diretor Justino Filho que, ao afirmar que o momento era de consolidação do festival, pelo expressivo público apresentado nos seus primeiros dias, conclamou a sociedade para compartilhar com o CES a promoção e elevação de Cuité a um pólo de destaque no cenário paraibano em arte e cultural.

O alinhamento dos discursos da direção do CES teve, nas suas sublinhas, “um aparente abrir de cortinas para a necessidade de uma maior participação do poder público municipal, nas contrapartidas às iniciativas culturais da UFCG para o desenvolvimento da cidade”.

O festival universitário, que iniciou sua programação na última sexta-feira, 19, com o I Curta Cuité, prossegue até o próximo sábado, dia 27.

Diversidade Cultural

Pontuando os extremos da arte, do clássico ao popular, apresentaram-se as duas atrações artísticas da abertura do V Festival Universitário de Inverno da UFCG.

A Orquestra Chic-Xique, do Museu do Homem do Curimataú da UFCG, apresentou hits e ritmos musicais que foram do bolero Besame Mucho, de Consuelo Velazque, a uma versão autoral e inovadora do forró Severina Xique-Xique, composto pelo paraibano João Gonçalves.

O “contador de causos” Horácio de Almeida trafegou em verso e avesso numa “reflexão literária” entre a vida e obra do poeta renascentista francês Pierre de Ronsard e a sobrevivência e o trabalho do embolador de coco Pierre de Odina, seu contemporâneo em Cacimba de Dentro, município paraibano.

Programação

O Festival tem prosseguimento nesta quinta-feira com os mini-curos, oficinas e palestras, e o Pôr do Sol com Arte, no campus universitário. Na cidade, das 10h às 12h e das 16h às 18h, estarão abertos à visitação pública o Circo da Ciência e o Planetário, no Ginásio Municipal. À noite, na Praça Aniceto Pereira,  a partir das 20h, acontecerá o Cultura na Praça, com apresentações de Jazz, Pop e Rock.

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG)