Em Dia com a Poesia
Negritta Drums - 25 anos de Dreams
Neste silencioso 12 de maio de 2011 Completam-se 25 anos da entrada Em minha estrada, uma vida do barulho
Da bateria NEGRiTTA, de marca "Caramurú"
Na infância tocando em panelas E em baldes com ela sonhei Na adolescência bancária com Um bongô e um tarol a vislumbrei...
Aos quase 20 anos demiti-me do Bradesco, Fui ao Rock in Rio '85 e ali decidi A música me (des)tempera e me espera Tudo o que quero na vida é ser batera!
Na adultescência aos vinte e um anos Eu a adquiri, preta reluzente, Naquela loja Discotape, do Edilson, Lembram a feirinha de frutas? Em frente!
Aos 21 anos de idade eu concretizava um sonho, Era o início da realização de um plano A Minha vida parecia se completar Nos palcos narcísicos eu iria gozar...
Já dizia o Gonzagão em sua conversa Poética com o pai Januário "Eu queria ser era artista!" Cá comigo, pensei, nunca mais psicologista!
La Negritta comigo conviveu 20 anos Há cinco anos mora no Instituto dos Cegos Lá ela é muito bem vista, pois Aquele é também um lar de artistas
Foram muitas bandas de tijolo, em tijolo... Foram muitas bandas voou, o tempo... Bandas de rock, de pop, MPB e jazz Muitas ainda virão até o aqui jaz...
Bandas meio enlouquecidas, como A "primogênita" Terapia de Garagem Grupo Sanguíneo, em João Pessoa Mudando para Domber, em Campina Grande
O Domber foi a banda autoral Que nos fazia se sentir o tal Até mesmo vídeo clipe gravamos No primeiro aniversário da TV Paraíba global
O jazz nos clamava, o rock já não inflamava Acabou-se o Domber, veio A Tripa Depois o Ponta de Espinho de estilo próprio Com seu inigualável jazz-rock-poesia
Bandas tantas: Oficina de Percussão do DART Quarteto de Jazz do DART, Laboramus, Metri, Peres & Felipe (& Ribass) Quarteto Luzes, já esqueci algumas - putz!
Severino Blues Band, Mr. Joe, Jazzmin Garden Band, a No Job... não trabalhou Recentemente a Mentallica natimortou (Repito: muitas outras ainda virão!)
Toquei até com um coral O Nós em Voz regido por Vladimir Toquei no CEU, no Pixinguinha, Toquei no Cave Pizzas, até me exaurir!
Como artista musical, também tive Que ser produtor artístico, Fui programador musical na Rádio Universitária E no DART fui oficineiro, produtor e divulgador...
Co-produzi e toquei em muitos eventos Festivais de Inverno e vários outros Semana Universid'Artes fiz no grito Levamos até carreira em São José do "Agito"!
Tive um palco particular, para não deixar De ter onde tocar: a galeria Doce Arte Foi um barzinho cultural, doceria, poesia Artesanato e muita coisa e tal...
Destaco um momento de vibração Com o saudoso Wilson Maux à direção Jubileu de Prata do nosso Teatro Municipal Em Morte e Vida Severina fiz percussão
Fiz da bateria a minha opção mas Vi que ela era terapia e não profissão Escrevi até um livro, fruto dessa união "Baterapeuta", meu personagem de plantão
Quantos admiráveis bateras amigos irmãos Maerson Charles, Glauco, Marquinhos Drums O feroz Geovani Leão, nosso batera maior Aqui omitirei muitos, (o)mito com tanto dó!
Carlinhos da Filarmônica, Itamar da Percussão Um já veterano batera: Beto Cabeça, que fera! Pablo Ramires, cabra de Cabruera! Um novato, o querido Guga Batera...
Os irmãos de banda, quanta gente boa!!! Pedro Jácome, Paulo Márcio, Fredão Farias Emilio Honório, Otávio Neiva, Helder Macedo, Kennedy Costa Sandro Mangueira, Dario Júnior & Eliete, Karlito Madureira ...
Clemilson Dantas, Edvaldo Eulálio, Maestro Zé Cláudio Chicão de Bodocongó, Alan Peres, Fernando Rangel Jorge Ribass, Fernando do Piston Jocel Fechini, Gilmar Albuquerque, Tânia Régia
Quanta gente não citei, gente com quem toquei Toquei com e para crianças, jovens e coroas jóias raras Seriam muitas estrofes só com nomes de amigos Em tempo, preciso citar: salve, Maestro Zito!
Surge a "descendência" do então Tio Battera... O filhão Emílio Felipe por seis anos estudou teclado, Num recital da Musidom estreou à bateria com partitura E agora já toca a vida na arquitetura...
Neto Maia, tremendo engenheiro do baixo Antônio Júnior, o gaitista da arquitetura Arthur Raphael, engenharia? Guitarra? Bateria!!! Filipe Maia, Raul Antônio, sobrinhada bamba!
No violão, minha Mariazinha filha Fernanda Aprendendo está os primeiros acordes Ela é aquela menina que desenha, escreve E aos 9 anos já é uma bailarina veterana
Certamente também teremos o Adrian Auguste Ele diz querer aprender a tocar guitarra Calma, filho, não deixe a vontade ir embora Querido Agostinho, para tudo tem a boa hora
Mas... Por aqui vou indo embora Mas volto, volto sem demora Pois este batera terapeuta está de olho no futuro Ele não vive só de memórias...
Produzi 2 Encontros PB de Bateristas Produzi 20 aniversários da Negritta Conquistei uns 200 amigos musicais Os palcos, porém, não me atraem mais
Jamais pararei de tocar bateria Tenham minha sincera garantia Ela é um enorme complemento Da minha alegria, das minhas alegorias
Nesta viagem como baterista São muitos os contratempos Nem tudo é melodia, rola muita arritmia O rock já não serve como anestesia
Encerro esta errata tocata, Fazendo uma confissão composição Só consegui me ver como bom baterista Quando me mudei de ganha pão
Distinta platéia, não me importa se Frustação, inquietação, traumatização Bateria é romance, é poesia, é dramatização A bateria não me tocaria como profissão...
Bum pá, bum pá, bum pá... Vrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.... Pá! Pá! Pá! Pá! Splish! Paist!!! PLASH!!!! Zildj!!!!!! Obrigado!!! Boa noite!!!
The End.
(Mais um, mais um!!! Bis...!!! Mais um!!! Mais um!!!)
The End...? Coisa nenhuma!
Até a próxima turnê...(Por Eugênio Felipe) Data: 10/06/2011
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