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Ensino customizado para empresas desponta na América Latina

Levantamento com os melhores cursos de MBA executivo e "in company" do Financial Times destacam a ascensão das escolas de negócios brasileiras.

 

O ranking de 2011 do Financial Times das escolas que oferecem programas personalizados de ensino executivo marca o 12º aniversário da empreitada. Enquanto a Duke Corporate Education manteve a primeira posição pelo nono ano consecutivo e a HEC Paris ficou em segundo lugar, a Fundação Dom Cabral (FDC) conseguiu um salto impressionante, passando do oitavo posto em 2010 para o terceiro este ano.

 

A ascensão da FDC ao pódio das três melhores da lista de 65 participantes é o ápice de um progresso constante ao longo de oito anos. A escola, localizada no Estado de Minas Gerais, entrou pela primeira vez no ranking dos programas personalizados em 2004, na 39ª posição. Cerca de 50 escolas foram classificadas naquele ano. Tendo consolidado sua posição em 2005, ela passou para as top 20 em 2009, quando ficou na 16ª posição.

 

A evolução da FDC no ranking - que é baseado em dados recolhidos junto às escolas de negócios e seus clientes - é um testamento da alta consideração que as companhias têm em relação aos programas customizados desenvolvidos nos últimos três anos.

 

Além disso, a FDC está entre as 10 melhores em cada um dos critérios de classificação decididos pelos clientes desses programas. Isso inclui o segundo lugar no quesito qualidade das instalações, no acompanhamento posterior dado aos participantes e no retorno em relação ao investimento. Das 33 companhias que responderam sobre os programas customizados da FDC, 85% disseram que usariam a escola novamente e os 15% afirmaram haver "uma grande probabilidade" de elas fazerem isso.

 

O aparecimento da escola brasileira entre as três melhores pela primeira vez é parte de uma tendência que vem sendo verificada nos rankings de ensino executivo do Financial Times. Em 2000, quando as primeiras classificações foram publicadas, apenas duas faculdades latino-americanas foram listadas (IAE Business School da Argentina e a Ipade Business School do México). O número cresceu para 11 este ano, com quatro escolas listadas nos rankings dos programas personalizados e dos programas abertos. O Brasil ficou na frente, com quatro escolas no total, acompanhado de instituições de ensino da Argentina, Colômbia e Peru, além da Ipade e da Incae Business School da Costa Rica.

 

Os dados reunidos junto às escolas mostram um mercado de ensino executivo mais jovem, mas em crescimento, na América Latina. As escolas da região informaram que mais de 75% dos programas apresentados em 2010 eram novos, voltados para clientes já existentes (44% do total) ou novos (31%).

 

Por outro lado, escolas da Europa e América do Norte mostraram uma tendência de depender mais dos clientes e programas já existentes para a maioria de seus negócios - 51% e 58% de todos os programas, respectivamente, foram repetições de cursos já existentes.

 

(Valor Econômico, disponível em Jornal da Ciência)


Data: 11/05/2011