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Sistema de purificação de água desenvolvido pela UFCG beneficiará comunidades ribeirinhas do Amapá

Governo do Estado anunciou apoio à medida

 

Pelo menos 10 comunidades ribeirinhas do estado do Amapá devem ser beneficiadas com a implantação de sistemas de purificação de água desenvolvidos pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). É o que ficou definido em reunião realizada na semana passada, em Macapá, entre o coordenador do Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) da UFCG, Kleper França, e o governador do Estado, Camilo Capiberibe.

 

No encontro, que reuniu representantes de vários órgãos governamentais, o pesquisador da UFCG apresentou o projeto de purificação implantado ano passado pelo Labdes na Vila de Anauerapucu, a 27 quilômetros de Macapá, beneficiando cerca de 1.200 pessoas, e solicitou o apoio do Estado para a ampliação da medida a outras comunidades.

 

O governador declarou total apoio à iniciativa. “Queremos tirar essas comunidades do isolamento e trabalhar para a melhoria de vida do ribeirinho. Formaremos um grupo, coordenado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia (Setec), para avançarmos e levarmos água tratada para as comunidades do interior do Amapá”, enfatizou Capiberibe.

 

O sistema implantado na Vila de Anauerapucu tem a capacidade de produzir 500 litros/hora de água potável de alta qualidade, sugada do Rio Anauerapucu e purificada de forma inovadora sem o uso de produtos químicos. “Além de matar a sede da população, também irá melhorar sua qualidade de vida, em termos de saúde, pois a água processada é isenta de bactérias, microorganismos e coliformes fecais, por exemplo.”, explicou Kepler.

 

É o primeiro sistema a tratar águas doces com alto nível bacteriológico na America Latina, atendendo a uma comunidade isolada. Sua implantação tornou o estado do Amapá pioneiro na Região Amazônica no uso dessa tecnologia.

 

Labdes

 

O Labdes é vinculado à Unidade Acadêmica de Engenharia Química da UFCG e coordena tecnicamente o Programa Nacional de Dessalinização do Ministério do Meio Ambiente. Seus pesquisadores já implantaram sistemas de dessalinização via osmose inversa em diversos lugares, a exemplo do arquipélago de Fernando de Noronha e da ilha de Cabo Verde, na costa africana.

 

(Kennyo Alex - Ascom/UFCG, com dados da Assessoria de Comunicação do Governo do Amapá)


Data: 12/04/2011