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Pesquisa da UFCG desenvolve técnica para reprodução de espécie rara de macaco

O Cebus Flavius, conhecido como macaco prego galego, é encontrado apenas na Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas.

 

Há cerca de um ano, pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) estão desenvolvendo uma técnica de inseminação artificial para acelerar o processo de reprodução da espécie Cebus Flavius, conhecido como macaco prego galego, uma espécie rara que pode ser encontrada apenas em alguns resquícios de mata atlântica dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas.

 

De acordo com a professora e pesquisadora da UFCG, Norma Lúcia Souza, este é um trabalho pioneiro no mundo pela raridade da espécie e pela difícil reprodução em cativeiro. Mas ela comemora os avanços obtidos na pesquisa.

 

“Desenvolvemos uma técnica de criopreservação de sêmen com a utilização de um diluente à base de água de coco em pó, o que é um grande avanço, uma vez que estamos contribuindo para a preservação de uma espécie nossa que está na lista dos mais ameaçados do planeta, utilizando um produto 100% natural e de origem nacional”, revela.

 

Atualmente, três fêmeas que estão no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Ibama, em João Pessoa, estão sendo monitoradas e já estão em processo de preparação para a inseminação artificial, que deve ocorrer ainda neste semestre. Após a inseminação, elas serão acompanhadas por meio de exames de ultrassonografia até o final da gestação.

 

Apesar do acompanhamento, a pesquisadora espera que a gestação ocorra da maneira mais natural possível. “Esperamos que não seja necessária nenhuma terapia auxiliar. Nosso interesse é devolver esses animais para a natureza e isso exige que todo o processo ocorra com o mínimo de interferência”, ressalta.

 

Além da pesquisadora Norma Lúcia de Souza, que é executora e coordenadora do projeto, participam  ainda da pesquisa três alunos do curso de Medicina Veterinária do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR), campus de Patos. O projeto é desenvolvido em parceria com o Núcleo Integrado de Biotecnologia (NIB), no Ceará, que é vinculado à Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO).

 

(Gloriquele Mendes – Ascom/UFCG)


Data: 16/02/2011