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Justiça decide manter proibição ao uso de lápis e relógio durante prova do Enem

A juíza federal Maria Claudia de Garcia Paula Allemand, da 5º Vara Cível de Vitória (ES) decidiu nesta sexta-feira manter a proibição do uso de lápis, borracha, apontador e relógio durante a prova do Enem, que acontece nos dias 6 e 7 de novembro. A medida, determinada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), tinha sido questionada pelo Ministério Público Federal no Espírito Santo.

 

Com a decisão, os cerca de 4,6 milhões de inscritos na prova deste fim de semana ficam obrigados a realizar a prova apenas com caneta esferográfica preta, como já havia sido determinado pelo Inep.

Na decisão, a juíza diz que a medida corresponde a "perigo de dano irreparável ou de difícil reparação", além de não ter sido encontrado qualquer evidência de que ela seja irregular. A magistrada citou ainda o roubo da prova do Enem, ocorrido no ano passado, e salientou que as medidas da prova deste ano têm o objetivo de garantir a segurança do exame.

 

Na contestação feita pelo procurador André Pimentel Filho, ele afirmava que a utilização de relógio é fundamental para controlar o uso do tempo na realização da prova, que tem 90 questões para serem respondidas em quatro horas e meia --média de 3 minutos para cada questão. Já em relação ao uso de lápis, borracha e apontador, o procurador considera que não havia lógica na proibição.

 

Pimentel afirmava ainda que o Inep poderia ter resolvido a questão, por exemplo, determinando que em cada sala de prova houvesse um relógio de parede e que fosse fornecido material de rascunho para fazer cálculos e o esboço da redação.

 

(Folha.com)


Data: 05/11/2010