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Em Dia com a Poesia

Pele

 

Na pele que tocas escorre a frieza, ao toca-lá me torno um

animal em caça, estou fadado a querer seu corpo por inteiro;

a versificar sua boca, seus lábios carnudos, seus pés frescos como o doce da água;

infiltrar-me em seus poros, te ter em carne e espírito,

aquele suor que descia de seu pescoço me deixava a ficar a devaneio,

como um cão que procura sua preza mais fácil.

 

Nestes versos vou sendo audacioso

                                       impertinente...

                                       negligente...

                                       provocante...

                                       trangressivo...

Vou construindo seu corpo em rimas talvez sem nexo algum,

mas assim me conforto, pois te ter  nas minhas palavras faz-me  implodir.

Seus dedos brancos e magros acalentava fúria que continha sobre meu corpo,

suas mãos esbeltas corria  sobre aquela mesa, da qual nos encontramos da primeira vez.

 

Cruzando teu corpo de leste a oeste do sul ao norte,

tua pele minha morada, meu vale, meu bosque;

hoje vou cantando sua pele nas minhas notas,

calculando as vezes que me crivo em ti;

desta forma me perco na tua pele.

 

 

Ítalo Vinícius – 12 de setembro de 2008

 

 

 

 

No mar

 

O mar que naveguei

Foi prá te encontrar

Por céus e mares estarei

Buscando incansável o seu amor

 

Não sei se essa jornada acabará

Dias e noites estarei

Buscando incansável o seu amor

 

E se no infinito você se esconder

Irei, pois seu calor espera o meu suor

 

Se a flor do seu amor enfim desabrochar

Seremos um só corpo, e o mar...

Trará em suas ondas nosso prazer

 

Navegando seu amor pra sempre...

No mar

 

Jorge Ribbas


Data: 30/07/2010