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Pesquisadora da UFCG cobra solução para o lixão de Campina Grande

Docente participa do encerramento do II Simpósio Nordestino sobre Resíduos Sólidos nesta sexta na FIEP

 

Assistir à extinção do lixão de Campina Grande e à inclusão social das famílias que ali sobrevivem. Esta é a esperança que move o trabalho da professora Luiza Eugênia, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que há tempos desenvolve ações com o intuito de viabilizar soluções e mobilizar a sociedade e o poder público para superação do problema.

 

Docente da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola e doutoranda em Recursos Naturais, a pesquisadora participa, como palestrante, do II Simpósio Nordestino sobre Resíduos Sólidos, que termina nesta sexta, 21, no auditório da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), em Campina Grande.

 

Ela explica que a universidade, através dos departamentos de Engenharia Civil e Agrícola, tem desenvolvido diversos projetos visando criar diretrizes que apontem soluções para a problemática do lixo. “Uma dessas diretrizes é o projeto de extensão Coleta Seletiva Solidária, desenvolvido há mais de quatro anos pela instituição”, conta Eugênia, destacando que a iniciativa não ficou restrita à comunidade acadêmica, mas ultrapassou os muros da universidade e alcançou outros órgãos públicos federais, 23 condomínios residenciais, 15 empresas privadas e 9 bairros da cidade.

 

O material coletado é encaminhado para a Cooperativa dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis (COTRAMARE), uma das duas cooperativas de catadores existentes no município e que promove o sustento de 19 cooperados.

 

Oferta de parceria

 

Apesar dos bons resultados do projeto de Coleta Seletiva Solidária e de outros desenvolvidos pela UFCG, a professora lamenta que o poder público ainda não tenha comprado essa visão. Ela declarou que a universidade tem total interesse em colaborar com a Prefeitura de Municipal Campina Grande (PMCG) no tocante à implantação de ações que solucionem esse problema.

 

“Sabemos que a questão é complicada e que sua solução é difícil, entretanto, medidas precisam ser tomadas e a intenção da universidade, no papel de instituição pública de ensino, pesquisa e extensão, é de contribuir para que juntos alcancemos essa solução”, disse.

 

Perigo no ar

 

Entre os vários problemas causados pelo lixão de Campina Grande, está a questão do Aeroporto João Suassuna. Por estar situado nas proximidades da área, os pousos e decolagens das aeronaves têm sido motivo de preocupação devido à constante presença dos urubus, o que pode causar graves acidentes. “O correto é que haja 20 km de raio livre entre o aeroporto e qualquer área de risco”, explicou a professora.

 

A questão gerou a criação da Comissão do Perigo Aviário que, em busca de uma solução para a questão, se reúne trimestralmente e envolve representantes de diversos órgãos, entre os quais a UFCG, PMCG e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF).

 

Eugênia, que é a representante da UFCG na comissão, disse que além do perigo eminente para os passageiros e tripulantes das aeronaves, os urubus também têm causado prejuízos aos órgãos públicos. “De acordo com o representante da CHESF, os excrementos deixados pelos urubus têm causado a corrosão dos cabos de fibra ótica, os quais precisam ser trocados constantemente, gerando custos ao órgão”, observou.

 

(Aluska Araújo - Ascom/UFCG)


Data: 20/05/2010