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Em Dia com a Poesia

Não Rezo Mais Na Tua Cova

 

 

 

Rezei de novo na tua cova,

 

Vi de novo assombração,

 

Era um dragão

 

Cuspindo fogo,

 

Arco e flecha

 

Na mão

 

 

 

Olhos esbugalhados

 

Dedo em riste,

 

Gritaria,

 

Cenas do inferno,

 

Aí meu Deus

 

 Que agonia!

 

 

 

Rezei de novo na tua cova,

 

Vi de novo assombração

 

Era um dragão,

 

Cuspindo fogo,

 

Arco e flecha na mão

 

 

 

Fiquei cega,

 

Fiquei muda,

 

Tremeu meu corpo,

 

Tremeu o chão

 

Exatamente  ao meio -dia,

 

Aí meu Deus que aflição

 

 

 

Não rezo mais na tua cova,

 

Nem de noite nem de dia,

 

Cruz credo Ave-Maria,

 

Eu quero mais é sossego,

 

Paz e harmonia.

 

 

 

Campina Grande,28 de Abril de 2010.

  

Maria das Graças de Lucena Barbosa.

Professora aposentada da UFCG


Data: 07/05/2010