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Pesquisa mostra que 71% das bibliotecas municipais do país não têm internet

Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério da Cultura aponta que 71% das bibliotecas públicas municipais não disponibilizam acesso à internet aos usuários. Os dados foram coletados durante o primeiro censo nacional das bibliotecas municipais feito no país.

 

A falta de acessibilidade foi classificada como "gravíssima" por Fabiano Piúba, diretor de livro, leitura e literatura do ministério. Segundo ele, a responsabilidade por essas bibliotecas é principalmente dos municípios. O governo federal, diz ele, tem o papel de definir políticas públicas e instigar as prefeituras a disponibilizarem esses equipamentos culturais.

 

Para tentar alterar a situação, o ministério pretende investir R$ 30,6 milhões na modernização e construção de bibliotecas públicas brasileiras. Prefeituras e Estados podem se inscrever até o dia 15 de junho no edital de convocação.

 

A pesquisa também mostra que 91% das bibliotecas não têm ferramentas que permitam a utilização por deficientes visuais (como livros em braile e audiolivros).

 

Os dados apontam que 8% dos municípios brasileiros não possuem bibliotecas públicas mantidas pela prefeitura. Existem bibliotecas ainda em fase de implantação ou de reabertura em 13% dos municípios. Ou seja, funcionando de fato, há bibliotecas públicas municipais em 79% das cidades.

 

Também há disparidades regionais em relação às estruturas existentes e ao comportamento dos usuários. O Sul, por exemplo, é a região que oferece o maior número de bibliotecas por 100 mil habitantes (1.127 bibliotecas para cerca de 28 milhões de pessoas); já o Norte contabiliza o pior índice (310 bibliotecas para pouco mais de 15 milhões de habitantes).

 

Por outro lado, os nordestinos são os que mais frequentam as bibliotecas (2,6 vezes por semana), segundo o censo. Sudeste e Sul têm a menor média de visitações (1,6 vezes por semana).

 

O censo mapeou as bibliotecas públicas municipais em todas as cidades brasileiras. Foi feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), ao custo de R$ 3,7 milhões, pagos pelo Ministério da Cultura

 

(Folha Online)


Data: 30/04/2010